Os fãs do concurso Miss Brasil podem ficar despreocupados,
porque o Brasil terá uma representante na edição do Miss Universo deste ano e
ela será conhecida até agosto próximo. Em vídeo publicado na madrugada desta
terça-feira (7), no canal oficial do "U Miss" no YouTube, o
empresário gaúcho Winston Ling, novo diretor nacional do concurso no país,
revelou que, por causa da pandemia do novo coronavírus, a nova Miss Brasil
Universo 2020 será indicada.
Isso significa que não haverá uma competição ou um evento
com desfiles e perguntas ao vivo ao final, mas que uma moça será escolhida para
ocupar o posto. Ainda segundo Ling, para essa indicação, uma comissão de
jurados vai escolher uma entre as atuais misses brasileiras. Essa equipe
analisa agora perfis, fotos e entrevistas publicadas nas mídias sociais e
internet.
"Estamos correndo contra o tempo, já que adquiri
recentemente a franquia, agora na metade do ano. Infelizmente não vamos poder
fazer um concurso como feitos nos anos anteriores, com plateia e grande
público. Assim como vários outros países já fizeram, vamos indicar uma
representante do Brasil dentro dos critérios que o Miss Universo exige",
explicou o novo dono do Miss Brasil ao jornalista e missólogo baiano Roberto
Macêdo, 45, coordenador nacional do projeto.
Macêdo comentou recentemente, inclusive, que será permitida
a participação de mulheres trans na disputa. A organização do Miss Universo foi
quem definiu que as misses nacionais devem estar escolhidas até agosto deste
ano e que, por conta da pandemia mundial, elas poderão ser indicadas. A empresa
trabalha com os meses de dezembro ou janeiro para realizar o famoso concurso,
mas a disputa poderá acontecer antes, dependendo de como evoluir a Covid-19
pelo planeta.
MISS UNIVERSO NO BRASIL
Como bom fã de concursos, Ling também revelou que uma de
suas metas com a nova empreitada é tentar trazer o Miss Universo pela terceira
vez para o Brasil. A última vez que o evento se deu por aqui foi em São Paulo,
em 2011, culminando na vitória da angolana Leila Lopes.
Além de empresário, Ling é economista, engenheiro e
investidor da plataforma online gratuita SoulTV, um canal interativo de vídeos
chamado pela nova organização de "a primeira social TV interativa do
mundo". Como inicialmente essa nova era do Miss Brasil não tem a parceria
de um canal de TV aberta, o destino online será a base do concurso, que deve
hospedar ainda canais sobre o mundo miss, de diversas naturezas.
"Essa plataforma comporta vários canais de televisão e,
com isso, me deu essa ideia de formar um canal só para os concursos de miss.
Desde pequeno eu sempre gostei dos concursos de miss e agora, para essa
plataforma, vislumbrei a oportunidade de poder ajudar. Os concursos de miss
dependem hoje dos coordenadores estaduais e municipais, que têm muita dificuldade
de realizar seus eventos e conseguir patrocínios. Eu pensei então nesse canal
de televisão 24 horas só para os concursos de miss", explica Ling.
O Brasil já venceu o concurso duas vezes: em 1963, com a
gaúcha Ieda Maria Vargas, e em 1968, com a baiana Martha Vasconcellos. A atual
detentora do título é a mineira Júlia Horta, 26, que, eleita em março de 2019,
está à frente do posto há um ano e quatro meses. "Independente de como
será o anúncio, eu sei que vou passar a coroa em um estúdio, que já me avisaram
também. Estou aguardando!", contou Horta.
O Miss Brasil até o ano passado era realizado pela gigante
Polishop, por meio de sua marca de cosméticos Be Emotion, em parceria com a
Band TV. Entretanto, no ano passado o contrato entre as empresas acabou e não
foi renovado, descontinuando a realização da competição de beleza. Desde então,
não houve notícia sobre o retorno da eleição, até agora.
Fonte: Folha Press
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