segunda-feira, 27 de julho de 2020

Juliana Cortes retoma lançamento do Álbum 3 e lança single com Pedro Luís: ouça Cores do Fogo

Com o single Andorinhas, a cantora e compositora paranaense, Juliana Cortes, anunciou o disco Álbum 3 para este ano, mas viu seus planos suspensos devido a pandemia da Covid-19. Com os shows cancelados, ela preferiu se recolher e repensar esses tempos antes de vir com o disco, cuja previsão de lançamento é para este segundo semestre. E, agora, Juliana retoma o lançamento e vem com o novo single, Cores do Fogo, em parceria com o compositor carioca Pedro Luís. 
Pedro Luís

Cores do Fogo foi escrita por Pedro e fala das memórias de Juliana sobre o incêndio do Edifício Wilton Paes, no Largo Paissandu, em São Paulo, entrelaçadas com as de Pedro sobre o fogo que assolou o Museu de História Natural no Rio, cidade onde o compositor vive. "Convidei o Pedro Luís para compor uma canção e nossas memórias se cruzaram nos incêndios do Ed. Wilson Paes e do Museu Nacional. Foi a primeira canção que escolhi para o disco e foi ela que deu o tom crítico para a maioria das canções do repertório", conta Juliana. 
A música foi gravada ao vivo, em Porto Alegre, na clássica formação power trio: baixo elétrico, bateria e guitarra. A sonoridade transita entre as harmonias do jazz e a rítmica latina dos compassos 6/8, misturadas às texturas mais experimentais da guitarra do músico Lorenzo Flach, uma das marcas do disco. 

Três

Sucessor dos discos Invento (2013) e Gris (2016), o terceiro álbum de Juliana Cortes é resultado de um processo de imersão artística que reuniu compositores e poetas de duas capitais sulistas brasileiras: Curitiba e Porto Alegre. Mas, mesmo assim, as canções do Álbum 3 são diferentes dos discos anteriores, que trazem os ares mais poéticos do Sul - filiados à Estética do Frio, de Vitor Ramil. Agora, trata-se de um olhar mais crítico e urbano. Um rompimento de linguagem em direção ao pop experimental. 
E foi buscando essas novas manifestações, interferências e experiências, que Juliana convidou artistas dispostos a pensar e questionar as relações estético-culturais das suas cidades e de suas próprias produções para a criação de uma obra completa. De um lado, Estrela Leminski, Rodrigo Lemos e Juliana Cortes, de Curitiba. De outro, Ian Ramil, Guilherme Ceron, Zelito Ramos e Guilherme Becker da capital do Rio Grande do Sul. Em conjunto, após quatro dias de residência artística em Curitiba, nove obras inéditas foram compostas para o registro no novo disco de Juliana, que será lançado no segundo semestre. 
O músico e produtor Ian Ramil, que em 2016 venceu o Grammy Latino na categoria de melhor álbum de rock em português com o disco Derivacivilização, assina a produção do álbum e, com esse trabalho, dá início a parceria com Juliana, que, nos dois discos anteriores, trabalhou em algumas composições com o pai de Ian, o compositor gaúcho Vitor Ramil. 

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