“Quando terminamos nosso primeiro disco, "Cuscobayo", de 2016, ficamos satisfeitos, mas com uma sensação nítida: talvez aquele conteúdo não trouxesse ao público o espírito do tempo que queríamos passar”, diz o vocalista Rafael Froner, que lembra que as composições do álbum de estreia foram feitas entre 2011 e 2014, um período de certa esperança que, a partir de 2016, mudou totalmente o rumo.
Bom, com toda certeza esta sensação não se repetirá dessa vez. De tom profético, o single O Brasil Vai Acabar será lançado nesta sexta-feira, 01 de maio, com videoclipe dirigido por Matheus Fighera da Rocha.
A faixa fará parte do disco “Não é Bem Assim”, uma parceria Natura Musical
Formada por Marcos Sandoval (voz e cajon), Alejandro Montes (trompete), Rafael Froner (voz e violão), Pedro Ourique (baixo) e Rafael Castilhos (percussão), a Cuscobayo traz à tona em Não é Bem Assim (ainda sem data definida de lançamento) questões sobre enxergar o próximo além da aparência e, assim, estabelecer uma ponte.
“Ou seja, entendermos que por trás das superfícies virtuais existem seres humanos com sentimentos, problemas, defeitos, qualidades, vitórias e derrotas. Não é Bem Assim é um chamado de humanidade”, aponta Froner.
Em termos musicais, o público poderá esperar por um som que transita entre o peso e a leveza, a agressividade e a suavidade, “uma mão batendo e outra afagando”, como diz o vocalista.
Além do estilo característico da banda, o ritmo do 'chegueden' (termo que os integrantes criaram para nomearem o som que produzem), será possível conferir diversas referências rítmicas populares: desde a milonga e o chamamé do sul do continente, até o forró e o baião do norte, passando pelo samba canção e, até mesmo, o pagode, além do folk.
Cuscobayo foi selecionado por Natura Musical, por meio da lei estadual de incentivo à cultura do Rio Grande do Sul (Pró-Cultura), ao lado de Vitor Ramil, Zudizilla, Tagua Tagua e Tem Preto no Sul, por exemplo. No Estado, a plataforma já ofereceu recursos para 30 projetos até 2019, como Filipe Catto, Bloco da Laje, Borguetti e Yamandu, Musa Híbrida, Sons que Vem da Serra e Thiago Ramil.
“A música propõe debates pertinentes, que impactam positivamente na construção de um mundo melhor. Acreditamos que os projetos selecionados pelo edital Natura Musical podem contribuir para a construção de um futuro mais bonito, democrático e sustentável”, afirma Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura.
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