quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Educação financeira ajuda a planejar o orçamento desde a adolescência



Cada vez mais as escolas brasileiras estão focando na educação financeira na educação básica-jovens e adolescentes, com o objetivo de criar adultos conscientes e responsáveis nessa questão, capazes de gerenciar as próprias finanças com eficiência e sabedoria.
Inclusive, há metodologias no mercado como o “Jovens for Schools”, presente, por exemplo, no Colégio Fazer Crescer, no Recife.


Especialistas recomendam a educação financeira de forma lúcida, prática e intuitiva. As orientações são para lidarem com situações do dia a dia e também para incentivar uma mentalidade empreendedora e criativa. Quem pôde aprender desde jovem na escola foi Heitor Leon, que concluiu o terceiro ano no Colégio Fazer Crescer em 2021 e já atua como consultor financeiro, sendo um dos mais jovens do Brasil a ter a certificação nacional CEA (Especialista em investimentos), que habilita a atuar profissionalmente.


“Saí da escola pronto para ser autônomo, há três anos. Comecei a trabalhar em 2022, em paralelo com a faculdade, logo quando eu acabei o colégio. Fui fazendo consultoria de finanças após tirar minhas certificações, ajudando as pessoas a investir o seu dinheiro, a lidarem melhor com as finanças, orientando sobre orçamento e crédito. Posso dizer que meu trabalho de hoje foi influenciado pelo que vivi no colégio”, disse Heitor.


BOLSA DE VALORES - Heitor teve a experiência de investir na bolsa de valores ainda no colégio. De acordo com o coordenador do CFC, Kerley Muniz, os alunos recebem a orientação para começar a fazer o dinheiro render com autorização dos pais. “O terceiro ano de 2024, por exemplo, fez venda de lanches na escola e aplicou o arrecadado em renda fixa. No final do ano, eles tiveram um retorno desse investimento anual”.


Com o valor, os alunos conseguiram pagar a própria formatura, por meio de ensinamentos e estímulos para investirem na bolsa de valores. “A gente discute investimentos em renda fixa, tesouro direto, renda variável, o que é um fundo de investimento imobiliário, o que é um ETF, reserva de emergência... e para os alunos que ainda não investem, fazemos de forma simulada. Apresentamos aplicativos que podem simular uma carteira na B3, na Bolsa de Valores. Então, podemos fazer tanto de forma real quanto de forma simulada”, acrescentou Muniz.


ENSINAMENTOS PARA A VIDA


Na visão de Heitor, muita coisa que é ensinada na escola não é levada para a “vida prática”. Já os temas relacionados às finanças interessam a todas as camadas. Por isso, o consultor financeiro reforça a importância desse ensino desde os primeiros anos de vida estudantil.


“O dinheiro é um tema que todo mundo vai ter que tratar alguma hora, seja nos seus próprios gastos, nos seus próprios investimentos, pessoa física ou para quem abre um negócio. A pessoa precisa saber gerenciar finanças, ter noções de contabilidade, de investimentos. Infelizmente isso não é comum. Eu diria que é importantíssimo não só para pessoas que querem trabalhar na área financeira, mas para quem quer ser qualquer profissional”, acrescentou Heitor.

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