quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Como identificar disfunção na região pélvica?



O assoalho pélvico é um conjunto de músculos e tecidos localizados na base da pelve, que revestem a abertura inferior da bacia e estão entre as coxas, na região dos genitais.
Ele é responsável por sustentar órgãos importantes, como a bexiga, o útero (nas mulheres) e o reto, além de desempenhar um importante papel no controle urinário e fecal, na estabilidade da coluna e na função sexual.

 

Apesar de sua relevância, essa região, muitas vezes, é negligenciada até que problemas surjam. A fisioterapeuta da Clínica Fisio FPS, Bruna Andrade, explica que a disfunção do assoalho pélvico pode se manifestar de três principais formas: incontinência urinária (quando há qualquer escape involuntário de urina); incontinência anal (quando há escape de fezes e gases); prolapso do órgão pélvico (quando não há suporte dos órgãos e eles se deslocam causando dores e protuberâncias no canal vaginal, gerando sensação de peso/bola na vagina).

 

Desses, só a incontinência urinária é responsável por afetar 10 milhões de brasileiros, sendo 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).


Sintomas - Bruna afirma que a principal queixa da disfunção pélvica são os escapes de urina: “quando há perda involuntária de urina ao tossir, espirrar, agachar, erguer peso, ao fazer atividade física ou ainda se a mulher sente um peso na vagina ou a sensação de ‘algo saindo’”, exemplifica a especialista. Além disso, outros sintomas são a dor crônica na região e dificuldades sexuais (dor e redução da sensibilidade ou prazer durante as relações).

 

Causas e grupos de risco – O problema pode afetar os homens, mas as mulheres, acima dos 50 anos, são as mais acometidas. De acordo com a fisioterapeuta, gestação, via de parto, paridade, envelhecimento, obesidade, cirurgias ginecológicas, tabagismo, constipação, diabetes melittus e hipertensão são algumas causas de risco.

 

Diagnóstico - Além de estar atento a todos esses sintomas, o diagnóstico é feito de forma clínica, através da queixa do paciente e, caso necessário, são solicitados alguns exames complementares. Geralmente, alguns dos exames são solicitados pelos médicos. Bruna enfatiza que, caso haja sintoma, pode haver o primeiro contato com o fisioterapeuta sem necessariamente ter encaminhamento médico.


Para prevenir disfunções na região do assoalho pélvico, a fisioterapeuta da clínica Fisio FPS recomenda o fortalecimento regular desses músculos com o auxílio da fisioterapia pélvica. Além disso, ela destaca a importância de manter hábitos saudáveis e evitar sobrecargas e esforços excessivos, que podem comprometer a saúde da região.

 

Importância da Fisioterapia


“A fisioterapia contribui significativamente para o fortalecimento do assoalho pélvico, auxiliando no tratamento e prevenção de suas disfunções. Além disso, também ensina o paciente a coordenar melhor os movimentos musculares desta região, trazendo maior controle e funcionalidade”, explica Bruna.

 

O tratamento fisioterapêutico é individualizado e definido após anamnese e exame físico. “O treino do assoalho pélvico, considerado padrão ouro, é indicado para todas as pacientes, sendo realizado sob supervisão profissional”, afirma. Podem ser utilizados recursos como eletroestimulação e biofeedback. Além disso, as pacientes recebem orientação para dar continuidade aos exercícios em casa.


Atendimento - A Clínica Fisio FPS, localizada na Faculdade Pernambucana de Saúde, na Imbiribeira, oferece atendimento para fisioterapia do assoalho pélvico, nas segundas, terças, quintas e sextas, das 7h às 12h. O serviço, voltado para mulheres, homens e crianças, é gratuito para as comunidades de Tijolos e Tijolinhos. Já para alunos da instituição e público geral, os valores são simbólicos. A marcação pode ser feita pelo telefone 3312-8268, Whatsapp 9.7335-5602 ou presencial.

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