Móveis antigos, coleções e objetos com significados importantes ajudam a compor um estilo bem pessoal e de referências na hora de projetar.
No momento atual em que o mundo está vivendo, fazem com que aspecto afetivo seja algo muito mais valorizado. Destacar nos ambientes elementos familiar, ligados à história de vida de cada um, é algo que vem ganhando maior destaque na decoração.
“Nossa casa precisa emanar a conexão com nossas vidas. Para isso, a decoração precisa transmitir emoção e memórias”, diz Nath Leme arquiteta à frente do escritório de seu escritório, TEAGÁ ARQUITETURA.
Nesse período de isolamento social, ela sugere aproveitar para renovar os ambientes com elementos afetivos que fazem parte das recordações pessoais. “Afinal, a vida é feita de memórias”, reconhece. O isolamento social reforça necessidade de um lar acolhedor.
O conceito de lar remete ao local onde o ser humano possa vivenciar o senso de pertencimento e aconchego. Nesse aspecto, “a decoração afetiva se encaixa com a proposta de escolher itens repletos de lembranças e com a expressiva capacidade de conectar uma identificação profunda entre as pessoas e o ambiente”, considera a arquiteta.
Peças herdadas de família ou que remetam a momentos prazerosos, como objetos trazidos de uma viagem, por exemplo, são bons aliados na hora de compor um estilo repleto de sentimentos e experiências. Nath cita objetos, fotografias e até coleções para incluir na decoração afetiva, conexão do passado contribui para compreender o presente, e a enfrentar o futuro.
Se o item não estiver em bom estado é preciso avaliar sua recuperação e investir nos reparos necessários. Um móvel antigo de família pode ser restaurado ou simplesmente trocado o estofado de uma cadeira ou puxadores de uma cômoda, por exemplo.
Em tempos de quarentena, a sugestão da arquiteta é reunir a família e rever fotos antigas, objetos guardados e avaliar quais móveis podem ser reaproveitados.
“Esses momentos são muito valiosos e ainda podem resultar em uma repaginada na decoração.” Para famílias com crianças, uma tarefa comum como escolher itens afetivos para um lugar de destaque na casa ou reparar um móvel tem o poder de entreter e ao mesmo tempo resgatar histórias da família.
Além disso, reaproveitar móveis e objetos afetivos ainda pode ser uma atitude sustentável, ressalta Nath.
“O mundo hoje acha tudo descartável, mas tende a mudar. Além de diminuir o excesso de consumo, há uma redução do impacto ambiental, presente em qualquer descarte.” Ela sugere para esses dias de maior convivência em casa, organizar um “garimpo”, buscando aqueles itens esquecidos no fundo de armários, abandonados à ação do tempo, o que pode gerar boas surpresas.
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