Depois das envolventes Furtacor e Tous Les Jours, Luísa e os Alquimistas apresenta mais um single do novo disco.
A potente Jaguatirica Print, que leva o nome do álbum, é uma mistura de brega funk, reggaeton e música eletrônica, orquestrado por seis mulheres poderosas: além de Luísa, Camila Rocha, Kalyne Lima e Preta Langy, o trio da Sinta A Liga Crew, e também Jessica Caitano e Jamila. A música é no estilo cypher e “fala de amor entre mulheres, resistência feminista, respeito pelos nossos corpos, empoderamento, tudo de maneira direta, lírica afiada e uma variedade de flows muito rica”, conta Luísa. O lançamento, em parceria com a Natura Musical, acontece hoje (13) em todas as plataformas streaming, ouça Aqui
Jaguatirica Print nasceu de um beat denso, pesado, mas, ao mesmo tempo com uma pegada dançante difícil de ignorar enviado para Luísa por Pedras, integrante da banda e um dos produtores musicais do disco. “Esbocei os primeiros versos e já veio a vontade de chamar alguém pra somar comigo nessa track”, lembra a artista. Depois Jamila fez um comentário em uma foto de Luísa a chamando de ‘jaguatirica print’, uma vez que estava vestindo uma blusa com estampa animal print. Pronto, aí surgiu o nome do disco, mas que primeiro foi título dessa música para a qual Luísa teve o insight de convidar não só a Jamila, como também a Sinta A Liga Crew e Jéssica Caitano. “Não foi uma tarefa fácil colocar todas essas vozes em um beat já super elaborado, com drops e vários momentos diferentes, mas todo mundo foi se encaixando de maneira muito respeitosa, uma deixando espaço pra outra, uma inspirando a outra”.
O single faz parte do próximo disco de Luísa e Os Alquimistas, que foi selecionado pelo Natura Musical por meio do edital 2019, com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura. “Natura Musical sempre acreditou na força da música para mobilizar as pessoas. Para refletir esse propósito e dar espaço à diferentes vozes, a plataforma apoia artistas e bandas capazes de amplificar debates contemporâneos. Além de entreter, eles também usam a arte como um meio de questionamento e transformação. É o caso de Luísa e os Alquimistas em seu novo trabalho”, diz Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura.
As participantes da faixa contam que adoraram contribuir com Luísa, como pontua Jessica Caitano: “Essa parceria com dona Maria é chic demais, desde lá de Vekanandra até a Jaguatirica Print, uma alegria receber convite de Luísa pra tá somando no trabalho lindo que ela vem presenteando a gente. Os Alquimistas são foda, tive a grande honra de participar dessa música com um monte de mulher maravilhosa aqui do Nordeste. Pensa numa potência!”. Já Jamila lembra do comentário que gerou o nome do single e do disco: “daí por diante, só chamei essa danada de ‘jaguatirica’ e ela, pelo visto, gostou. Junto com outras poderosas, fizemos um hit! Peguem suas oncinhas e vamos, porque já tô com a roupa de ir!”
Camila Rocha, do Sinta A Liga Crew, conta que o amor por Luísa foi a primeira vista: "Conheço Luísa como artista há uns quatro ou cinco anos e me encantei de verdade. Tratei logo de seguir ainda pelo Facebook, rede que nem uso mais, e chamei no inbox que, pra minha surpresa, me respondeu prontamente. Fazíamos parte de um grupo de escritoras do Rio Grande do Norte e mantive conversas com ela durante esse tempo pra cá, até que nos encontramos e ficamos amiga. Então, não preciso demorar em dizer que realizei meu sonho. Jaguatirica Print me representa. Sou grata!"
Capa
A capa do álbum, incorpora de modo crítico referências de antigas coletâneas de música. “Quando surgiu o nome ‘Jaguatirica Print’, a foto de uma bunda com um short de animal print veio na na minha cabeça na mesma hora. Comecei a pesquisar várias referências e vi capas de coletâneas de música caribeña, disco e boogie, que faziam o uso desse recorte do corpo feminino, mas de uma maneira sexista, machista e objetificadora”, aponta Luísa. A partir daí, a artista também se deixou influenciar por inspirações femininas, como o disco Índia, de Gal Costa, e decidiu fotografar sua própria bunda: “Por que não? Pensei… Nós mulheres nos privamos de muitas coisas por medo do que os outros vão pensar ou dizer, por medo de sermos assediadas, estupradas, violadas. O short que uso na capa do álbum é lindo, mas eu não ousaria usá-lo nas ruas de São Paulo sozinha, entende? É muito triste essa constatação. Concebi essa capa na vontade de subverter essa lógica opressora em que nós mulheres vivemos. Através do meu trabalho artístico senti que era possível atravessar essa fronteira em relação ao meu próprio corpo”.
SOBRE LUÍSA E OS ALQUIMISTAS
Luisa e os Alquimistas surgiu na cidade de Natal/RN e é liderada pela cantora e compositora potiguar Luisa Nascim. Ela fixou residência em São Paulo em 2018 e, desde então, se divide entre os alquimistas que permaneceram em Natal-RN e os que ela conheceu em São Paulo. Na estrada desde 2015, o primeiro disco, “Cobra Coral” (2016), revelou o nome do grupo na imprensa especializada e o levou para diversos palcos da região Nordeste, como DoSol (RN), MADA (RN), Recbeat (PE), Festival Gama (PB), Baile Perfumado (PE), dentre outros.
Para lançar “Vekanandra” no ano seguinte, Luísa se associou ao selo Rizomarte, que ajudou a promover uma campanha de financiamento coletivo para a gravação do álbum. E, da colaboração entre Luísa (compositora e vocalista), Zé Caxangá (synth e guitarra), Gabriel Souto (bases eletrônicas, mpc e efeitos de voz) e Pedras (baixo e samplers), além da produção musical de Walter Nazário (Mahmed e Igapó de Almas), nasceu um álbum que transita entre o universo do pop underground, da música eletrônica nordestina, passando pelo soul e por influências jamaicanas.
Em São Paulo, Luísa se encontrou com os alquimistas Pedro Regada, Thales Pessoa e Carlos Tupy, que a acompanham nos shows na região Sul/Sudeste. O grupo apresentou-se em palcos como Estúdio Showlivre, Vento Festival (SP), Picnik (BSB). Conexidade (RJ), Felamacumbia (GO), Mundo Pensante (SP), dentre outros. Além disso, fez parte dos showcases diurnos da SIMSP 2018 e teve a música que dá nome ao segundo álbum como trilha sonora oficial do evento.
Com lançamento previsto para setembro de 2019, o terceiro disco de Luísa irá se aprofundar nas sonoridades de sotaque nordestino que vem sendo desenvolvidos entre Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Ceará e, assim, a artista vai fortalecer ainda mais a característica da banda, que é a conexão entre o pop e o alternativo, algumas músicas, inclusive, já estão sendo apresentadas ao vivo com uma ótima resposta do público. O projeto ainda contará com lançamentos de clipes e shows pelas regiões Sudeste, Nordeste e Norte.
SOBRE SINTA A LIGA CREW
Sinta a Liga Crew, grupo paraibano de REP composto por três mcs (Camila Rocha, Kalyne Lima e Preta Langy) e um dj e produtor (Dj Guirraiz), surgiu em 2016. De lá pra cá participaram de festivais, como Abril Pro Rock, em Recife, Festival DoSol, em Natal e Festival Bananada, em Goiânia. O grupo mistura nas batidas de REP outras vertentes como samba, reggae, mpb e batidão e estão ultrapassando fronteiras com músicas de empoderamento e resistência.
SOBRE JÉSSICA CAITANO
Nascida em Triunfo, interior de Pernambuco, divisa com a Paraíba, Jéssica é uma artista multifacetada. Cantora, compositora, rapper, coquista, percussionista, poetisa, educadora e ativista, ela faz parte do grupo Radiola Serra Alta, que se autodenomina um ‘eletrococo muderno’ e também coordena o grupo de dança e batuque, Cambindas de Triunfo. Conhecedora como poucos da cultura e do folclore local e de sua região, traz essa bagagem para suas letras, músicas e projetos que participa.
SOBRE JAMILA
Jamila é piauiense, mas mora na paraíba desde a adolescência onde começou a compor em 2012. Em 2019, lançou seu primeiro EP, Feitiço (iniciação), que também dá nome ao seu show. ‘Canto pra natureza’, ‘Jaraguá’ e ‘Feitiço’ compõem uma trindade espiritual pop emoldurada por beats eletrônicos: Feitiço trata de todo o caminho percorrido pela artista, desde sua memória ancestral, até as com novas tendências, assim como, o resgate de tradições musicais e/ou releituras. Entre algumas referências musicais, estão o coco de roda, o repente, forró, funk, maculelê, brega, batidão, axé, kizomba e pop, que ganharam roupagens novas através da misturas de timbres e beats.
SOBRE NATURA MUSICAL
Natura Musical é a principal plataforma de patrocínio da marca Natura. Desde seu lançamento, em 2005, o programa investiu R$ 132 milhões no patrocínio de 418 projetos - entre CDs, DVDs, shows, livros, acervos digitais e filmes. O último edital do programa neste ano selecionou 50 projetos em todo o Brasil, entre artistas, bandas e coletivos. Os trabalhos artísticos renovam o repertório musical do país e são reconhecidos em listas e premiações nacionais e internacionais. A plataforma digital do programa leva conteúdo inédito sobre música e comportamento para mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais. Em São Paulo, a Casa Natura Musical se tornou uma vitrine permanente para a rica e pulsante produção musical brasileira.
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