Tanto os 18 produtores rurais, que fizeram parte da missão comercial liderada pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR) e o Sebrae, quanto os representantes das empresas Santa Felicidade, Ara Agrícola,Grand Valle e da cooperativa Coopexvale, fizeram um balanço positivo deste, que já vem sendo considerado o maior evento do setor de fruticultura da América Latina.
Para Pedro Fitipaldi, produtor do núcleo 4 do projeto de irrigação Senador Nilo Coelho, a missão foi extremamente proveitosa. “Podemos apresentar nossos produtos, abrir novos mercados, ter acesso a consultorias e participar de debates sobre pesquisa, inovação, produção orgânica e tecnologia aplicada na fruticultura”, ressaltou.
Já o representante comercial Márcio Amorim, da Coopexvale (Coopex), Cooperativa que responde por uma produção anual de 16 mil toneladas de uvas sem semente, destacou o leque de contatos que a feira proporcionou, com a presença de 300 marcas de representantes comerciais, expositores, atacadistas, varejistas e produtores de países como França, Holanda, Itália, Portugal, Grécia, Espanha, Argentina, Chile, Uruguai, Estados Unidos, Nova Zelândia, Egito, Turquia e Israel, além dos estados de São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará, Espírito Santo e Paraná.
A analista do Sebrae no Sertão do São Francisco, Gledson Antonio, que acompanhou a missão, avaliou positivamente a feira. “O papel do Sebrae foi de possibilitar o acesso à novos mercados através das rodadas de negócios e o network com várias empresas. Nos contatos que tivemos com a Inglaterra, por exemplo, apresentamos a variedade de uva Vitória com a perspectiva de aumento do tamanho da baga. A colômbia também mostrou interesse nesta variedade com perspectiva de negócios a médio e longo prazo”, pontuou.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira, a Fruit Attraction São Paulo também significou o intercâmbio de saberes e experiências e a oportunidade de atualização em áreas como organização da produção interna, trâmites logísticos, alfandegários e fitossanitários. “Voltamos desse encontro com a sensação clara de que cada vez mais precisamos fortalecer nossos negócios, aproveitando as possibilidades do mercado interno e as boas oportunidades para exportação”, finalizou.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas, (FAO), a produção brasileira de frutas gira em torno de 59 milhões de toneladas, equivalente a 5,4% da produção internacional. O Vale do São Francisco é considerado hoje o maior pólo fruticultor do Brasil, com destaque para manga e uva.Tendo à frente os municípios de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), essas duas frutas geraram respectivamente na última safra, em 2023, US$ 312 milhões (R$ 1,5 bilhão na cotação atual) e US$ 178,8 milhões (R$ 883,2 milhões) em exportações.
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