Luiz Claudio lança seu primeiro álbum com letras próprias e se mantém um inventivo percussionista, criando conexões originais entre ritmos e sonoridades da cultura popular e da música eletrônica (crédito foto: Guilherme Borges)
Com direção artística de Luiz Claudio e Zeca Baleiro, “O Som É Cruel” destaca ritmos tradicionais da música maranhense como Tambor de Mina, Tambor de Crioula, Tribo de Índio e Boi de Caixa, em combinações originais com a música eletrônica. Soul, Reggae, Ska, R&B e Funk também fazem parte das experimentações sonoras de Luiz Claudio.
O álbum autoral reúne 11 músicas, sendo 10 parcerias do artista e uma única regravação, “Adieu / Adeus”, uma toada clássica do Mestre Zió, do Bumba Meu Boi da Liberdade (São Luís/MA), que ganhou levada de ska e versão em francês do italiano Manlio Macchiavello, que divide os vocais da faixa com Luiz. O paraense Allan Carvalho, o paulista Otávio Rodrigues, o potiguar Yrahn Barreto e os maranhenses Fernando Santos, Madian e Zeca Baleiro são alguns dos parceiros que também participam do álbum, além de artistas como Anna Cláudia, Djalma Chaves, Elizeu Cardoso, Regiane Araújo, Canta Boddenberg (Alemanha), Manlio Macchiavello (Itália) e Noite.
“O Som É Cruel” é um lançamento do Selo e estúdio Zabumba Records, do próprio artista, com distribuição da OneRPM. O álbum sucede o EP solo Encantarias (2017), que reúne composições autorais e de mestres da cultura popular maranhense. Antes disso, lançou trabalhos em parceria com outros músicos, como Som na Lata, Fogo de Mão, Loopcinico (cd selecionado para o Prêmio da Música Brasileira em 2014, que abriu os caminhos da música eletrônica misturada aos ritmos maranhenses e paraenses de origem africana, indígena e do Oriente Médio) e o álbum Batuques do Norte (2016), em parceria com o Trio Manari de Belém do Pará.
“Se a crueldade do som pudesse ser vertida para algo pictórico, talvez a imagem mais forte fosse a de alguém que olha diretamente para o Sol. A capa, com esse rosto fantasmagórico em pinceladas brutas, reflete algo do êxtase de olhar diretamente para o Sol”, contextualiza Lucas Maciel, responsável pela arte da capa.
Natural de Belém, Luiz chegou no Maranhão no final da década de 1970 e hoje é um dos músicos mais inventivos em atividade, além de pesquisador da cultura popular e uma referência quando se trata de ritmos tradicionais e da fusão com a música eletrônica, que começou a fazer na década de 1990. Em quase 30 anos de música, já tocou e gravou com Nelson Ayres, Ceumar, Chico Saraiva, A Barca, Flávia Bittencourt, Zeca Baleiro, Rita Benneditto, Naná Vasconcelos e Rubens Salles, entre outros, além de realizar oficinas de ritmos maranhenses, como no PASIC 2023, em Indianápolis (EUA).
O SOM É CRUEL | LUIZ CLAUDIO | Faça o Pre-save Aqui
1 UM LUGAR PRA SER FELIZ (aqui ou em qualquer lugar) (Luiz Claudio / Zeca Baleiro)
2 JAH NÃO SOU SEXY (Luiz Claudio / Otávio Rodrigues)
3 O SOM É CRUEL (Luiz Claudio / Zeca Baleiro)
4 O CÉU DE SÃO PAULO (Luiz Claudio / Fernando Santos / Noite)
5 CAPADÓCIA (Luiz Claudio e Fernando Santos)
6 BEDUÍNDIA (Luiz Claudio e Yrahn Barreto)
7 TAPAS Y QUESOS (Luiz Claudio e Fernando Santos)
8 ROLÊ (Luiz Claudio e Allan Carvalho)
9 PUNGADA DE HOMI (Luiz Claudio e Madian)
10 DUANNA E MALU (Luiz Claudio e Allan Carvalho)
11 ADIEU / ADEUS (Mestre Zió - versão em francês Manlio Macchiavello)
Direção Artística - Luiz Claudio e Zeca Baleiro
Produção Executiva - Suzana Fernandes
Arte Capa - Lucas Maciel
Arte e Ilustrações Encarte - Alessa Alencar
Masterização Estúdio Banzai (São Paulo) por Leonardo Nakabayashi (exceto Tapas y Quesos, masterizada no Lutz studio (Dusseldorf, Alemanha) por Lutz Boddenberg)
Lançamento do Estúdio Zabumba Records / Distribuição OneRPM
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