quinta-feira, 14 de março de 2024

PARAOLIMPÍADA DE PARIS: dupla pernambucana representa a 1ª fase nacional de Atletismo Circuito Loterias Caixa 2024 neste fim de semana em São Paulo



A técnica de laboratório, Cinthia Barbosa, tem 33 anos e em 2020 foi vítima de um acidente de moto que resultou na amputação da perna esquerda.
O modelo e estudante de Direito, João Victor, também perdeu a perna. A dele foi a direita e não foi em um acidente. Aos 15 anos descobriu um tumor ósseo, chamado osteosarcoma. Passou um ano fazendo quimioterapia, hoje está curado, mas teve mesmo que amputar a perna.

Do acidente e do câncer, os dois receberam a mesma lição. Para ser feliz, precisavam fazer o que gostam e cuidar da saúde. Hoje são dois atletas medalhistas nas provas de atletismo de 100 e 200 metros. Estão sob a tutela do treinador Fellipe Diniz e sob os cuidados do fisioterapeuta Tiago Bessa, à frente da Ortopedia Boa Viagem. Tiago auxilia a dupla com o tratamento fisioterapêutico desde a amputação. Ao profissional de saúde os atletas devem cada minuto de reabilitação. “Iniciei treinando com uma prótese do SUS. Mas quando comecei a correr, o doutor Tiago me emprestou uma lâmina mais apropriada para esse tipo de corrida. Agora em São Paulo será a primeira competição com a lâmina adequada para velocidade. É quando quero baixar meu tempo!”, desabafa Cinthia.

Cinthia e João Victor vão estrear oficialmente esta nova lâmina que possui tecnologia de ponta para este tipo de prova. A competição acontece neste sábado (16) e domingo (17) no comitê Paralímpico, em São Paulo, e irá registrar índices para concorrer a uma vaga na Paraolimpíada de Paris, em agosto.

De acordo com o treinador da dupla, Fellipe Diniz, trata-se de uma prova muito competitiva, porque seleciona os 3 atletas com os melhores tempos de cada categoria. Diniz está trabalhando intensamente com a dupla nesses últimos cinco meses e já percebe mudanças significativas nas técnicas de corrida de cada um. “Acredito no potencial de Cinthia e João. Eles são mais do que atletas, são exemplos de superação e resiliência. Sabemos das dificuldades de uma prova pré-olímpica, mas a determinação deles é inspiradora”, reforça Diniz.

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