Nesta data, o alerta vai para o refluxo, um problema muito comum que atinge mais de 25 milhões de brasileiros, conforme dados do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e costuma causar incômodos como azia, sensação de queimação no peito e retorno de substância ácida em direção à boca após as refeições. O problema pode se apresentar desde em formas leves até desconfortos intensos e recorrentes e, se não tratado, pode aumentar as chances de desenvolver doenças mais sérias como a estenose de esôfago e câncer.
O que é o refluxo?
“O refluxo gastroesofágico consiste no retorno do conteúdo gástrico do estômago para o esôfago, que não está preparado para receber esse líquido ácido. Na maioria das vezes, o problema está relacionado ao mau funcionamento da musculatura do esfíncter esofagiano inferior, que fica entre o esôfago e o estômago, permitindo esse refluxo. Quando o esôfago passa a sofrer muita exposição à acidez do suco gástrico, pode haver complicações sérias”, aponta o médico cirurgião Sérvio Fidney, especialista em cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia videolaparoscópica.
Quais os sinais do refluxo?
● Queimação;
● Dores no peito;
● Azia;
● Tosse;
● Rouquidão;
● Pigarro;
● Sensação de “bolus” na garganta;
● Mau hálito;
● Desgaste do esmalte dentário.
● Sufocamento noturno
Quais as complicações causadas pelo refluxo?
“Além dos sintomas que costumam ser bem incômodos, uma vez se tornando persistente, a patologia pode levar a uma série de complicações como sangramentos, erosões, úlceras e o esôfago de Barrett, uma das consequências mais temidas, responsável pela alteração da mucosa do esôfago, sendo um dos principais fatores para gerar o câncer de esôfago”, alerta Sérvio Fidney, que também é chefe do serviço de Cirurgia Geral e Bariátrica do Hospital Agamenon Magalhães (SUS-PE).
Quais os fatores que influenciam no aparecimento do refluxo?
● Obesidade
● Diabetes
● Alterações hormonais
● Tabagismo
● Uso de alguns medicamentos
● Consumo de bebidas alcoólicas ou gaseificadas
● Consumo de alimentos ricos em cafeína e gordura, como chocolates, cafés e frituras.
Quando é a hora de procurar um especialista?
“Qualquer pessoa pode ter refluxo, principalmente após as refeições. No entanto, o refluxo se torna patológico quando ocorre de forma frequente, com uma maior acidez, provocando lesões no esôfago. Se os episódios forem recorrentes, é importante buscar ajuda com um especialista”, explica o especialista.
Quais as formas de tratamento?
● Mudanças alimentares e no estilo de vida
● Medicamentos orais para melhora dos sintomas
● Cirurgia com confecção de válvula anti-refluxo
“O tratamento cirúrgico para correção do esfíncter esofágico é indicado em último caso quando as outras medidas não fazem efeito. Ele pode ser feito com métodos de cirurgia menos invasivos, como a laparoscopia. É necessário estar atento às comorbidades ligadas à doença, entre elas se destaca a obesidade, e nestes casos o controle dela é fundamental no combate e cura do refluxo”, destaca Sérvio Fidney, médico cirurgião, especialista em cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia videolaparoscópica.
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