Agora, finalmente lança seu primeiro álbum cheio, “Da tristeza à fúria”, um trabalho 100% autoral, que mistura todas as influências do artista e também explora as suas experiências tendo tocado em eventos e trabalhos com variados artistas da cena brasileira, como DJ Dolores, Aldan (MG), Jonatas Onofre, Bike (SP) e Cosmogrão. “Eu acredito que o disco é o registro de um período onde eu estava compondo e tocando muito ao vivo, podendo experimentar ideias e me compreender enquanto artista. É uma amostra do espírito punk pelo qual eu guio minha vida, com detalhes imperfeitos e uma produção meio ríspida que eu resolvi acolher”, comenta o artista.”O título vem de uma frase do livro “Da vida nervosa (das classes trabalhadoras urbanas)”, um livro de antropologia da saúde que elenca esses distantes pólos da vida, e a idéia de transitar “da tristeza à fúria” fazia todo o sentido para as canções do disco”, complementa.
Ao longo das 12 faixas, Alexandre María versa sobre livros, como em “Sem Medo”, faixa feita na época que eu estava lendo um livro de antropologia chamado “Vita”, de João Biehl. “fala sobre uma mulher que perde muito da autonomia física e mental, mas possui uma história e tenta estabelecer pela linguagem uma nova forma de relacionar com sua vida”, explica. O álbum apresenta faixas gravadas durante a pandemia, canções românticas e também sobre política, como a bonus track “Nostalgia”, que versa sobre o ataque a Brasília no dia 8 de Janeiro e tem um certo ar demo por ter sido gravada mais lo-fi. Tudo isso reverberando sonoridades de artistas que vão de Nick Cave ao CAN, passando por Husker Du, Sonic Youth, passando por Vitor Brauer, Siba e até ritmos populares em Recife como o brega.
“É um disco para quem gosta de guitarra elétrica, noise e solos longos, uma viagem que literalmente intercala a tristeza e a fúria das emoções mais que humanas, que busca trazer para a humanidade a paciência das paisagens, o luto entre os animais e o potencial da poesia escrita em um grão de areia. É nessa viagem psicodélica entre o céu e o inferno que espero aproximar as ambiguidades, contradições e prazeres que sentimos ao longo da vida”, revela o artista.
Alexandre María celebra os trabalhos e gravações realizadas com Bernardo Guimarães no Estúdio Galho Seco e a expressiva arte de capa feita pela recifense Xinga Xow para o álbum,finalmente lançando seu aguardado primeiro disco de estúdio completo, “Da tristeza à fúria” (2024).
Ficha técnica:
Produção musical: Alexandre María
Guitarras, sintetizador e voz: Alexandre María
Baixo: Aquiles Albino
Bateria: Francisco Nairon
Gravação, Mixagem e Masterização: Bernardo Guimarães no Estúdio Galho Seco.
Co-produção: Glória Ruz
Arte da capa: Xinga Xow
Disseminação: Hominis Canidae
Distribuição: tratore
Acompanhe Alexandre María: https://www.instagram.com/alexandremaria94/
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