“Agribusniness English Course”, o livro com vocabulário técnico voltado ao agronegócio, foi lançado na noite desta quarta-feira (23). A cerimônia ocorreu no auditório do Petrolina Palace Hotel, com a presença de produtores, dirigentes, representantes de instituições ligadas à agricultura e jornalistas. Dividido em três volumes, a obra traz mais de 800 termos específicos que existem no mundo dos negócios agrícolas.
A publicação é uma iniciativa inédita no Brasil e tem em seu público alvo fruticultores, agrônomos, técnicos, engenheiros e universitários. A região do São Francisco é fortemente inserida no comércio exterior de frutas, principalmente com a uva, manga, banana e goiaba. Segundo o idealizador do livro, o professor Júlio Bernardino, a obra científica deve ajudar os produtores na hora da interlocução com seus clientes – exigentes e com extremo domínio do inglês técnico.
Para Júlio, que é diretor da conceituada Escola de Inglês Aecus, o comparecimento de vários representantes do setor agrícola no lançamento do livro, demonstra como o Vale está atento à demanda por profissionais fluentes em outras línguas. “Ou seja, não sou apenas eu quem está preocupado com essa realidade, têm muitas outras lideranças e instituições sérias cientes das dificuldades de comunicação e que é necessário solucioná-las para prosseguirmos com o desenvolvimento regional”.
Na cerimônia, estiveram presentes representantes de entidades ligadas ao agronegócio, instituições bancárias, de ensino e de difusão de tecnologias.
Segundo a diretora do Centro de Excelência em Fruticultura do SENAR, Mônica Ishikawa, a instituição classificou a obra como uma iniciativa de fomento na região “uma vez que não existe literatura específica para o agronegócio no país". Para ela, “há uma carência muito grande de profissionais com domínio do inglês” no Vale do São Francisco e isso se exemplifica atualmente: “Uma das maiores fazendas exportadoras de frutas do Brasil, aqui no Vale, está há 45 dias em busca de um profissional que fale fluente o inglês, mas não consegue preencher essa vaga”, comentou.
A fluência no inglês, inclusive, tem sido apontada pelo SEBRAE como um fator determinante na hora de garantir um espaço no cada vez mais concorrido mercado de trabalho. “No momento que o profissional conhece outra língua, ele tem muito mais oportunidades, até porque isso é um diferencial. Se sua fluência for adequada ao agronegócio então é praticamente impossível não ser inserido no mercado”, disse a gerente do SEBRAE Sertão do São Francisco, Edneide Libório.
Relacionado ao processo de produção, exportação e geração de crédito para produtores, o Banco do Nordeste é outra entidade que entendeu rapidamente o significado do livro para o mundo agrícola. “Eu acredito que a iniciativa tem potencial para melhorar a interlocução dos produtores com seus compradores e respectivamente ampliar as exportações de Petrolina e Juazeiro”, ressaltou o gerente de Negócios, Nacelmo Oliva.
O Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina também está otimista com o conteúdo apresentado na publicação. Representando a entidade, o gerente executivo, Flávio Diniz, lembrou que o Vale do São Francisco responde por 95% das exportações de manga e uva do país e que o livro traz vários “ganhos” para o setor. “Nosso segmento só tem a ganhar com iniciativas dessa natureza, devido ao fluxo de exportações que temos, e uma vez que o inglês é a língua dominante do mercado internacional”, concluiu.
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