quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Saúde financeira é tão importante quanto saúde física

Entre as muitas resoluções de ano novo, economizar ou poupar dinheiro está no topo da lista de muitas pessoas. Mas, segundo uma pesquisa do Banco Central, 65% dos brasileiros não conseguiram guardar dinheiro no último ano. A pesquisa mostrou ainda que a falta de hábito de poupar atinge todas as faixas etárias. Além disso, a pequena parte da população que consegue poupar, só guarda uma parte muito pequena da renda. Diante desses dados, vem a pergunta: por que muitas vezes é tão difícil controlar o dinheiro?  O que falta para colocar essa resolução em prática?

Segundo o Planejador Financeiro Pessoal, Rafael Bernardino, falta não só o planejamento em si, mas levá-lo a sério, considerando todas as receitas (salário, honorários, pensão, etc.) e despesas. “Para que um planejamento financeiro seja bom, nada deve ficar de fora. Os pequenos gastos diários devem ser registrados, tanto quanto os maiores gastos. Além de registrar ou anotar tudo, também é preciso assumir o necessário compromisso ou responsabilidade com o cumprimento do que vier a ser planejado”, afirma Bernardino.
Colocar na prática esse planejamento talvez seja a parte mais difícil, mas a motivação pode ser a chave. “A dica para tornar as coisas mais fáceis é encontrar algo que ajude a manter o foco na economia, como uma viagem ou a compra de um apartamento”, sugere o planejador.
E não é preciso esperar, o primeiro mês de 2018 já chegou ao fim e, se o desejo é ter uma vida mais tranquila financeiramente, comece já. “Ter um planejamento financeiro é essencial. Possibilita uma melhor qualidade de vida, não só no presente, mas também no futuro, pois ele vai te auxiliar a sair do vermelho, poupar, adquirir um bem e garantir uma aposentadoria mais tranquila”, comenta.
Se ainda assim você não sabe por onde começar, é importante procurar um profissional capacitado, que possa ajudar. Para Rafael Bernardino, a saúde financeira é tão importante quanto a saúde física, por isso, quando ela está comprometida, é preciso buscar ajuda. “Em todos os estados, existem consultores com Certificação de Planejador Financeiro (CFP), obtida junto a PLANEJAR, Associação Brasileira de Planejadores Financeiros”, indica Rafael Bernardino.
Além de interferir na saúde, os problemas financeiros também podem interferir nos relacionamentos. “Dívida limita a vida do indivíduo. Causa insônia, estresse, medo, descontrole emocional, acarretando também retraimento social, recusas, medos de perdas. Se a pessoa for a maior provedora em âmbito familiar, a situação pode gerar sentimento de frustração, incompetência, culpa. Além disso, a insônia baixa a imunidade, propicia o estresse e abre portas para disfunções físicas e psicológicas”, esclarece a psicóloga do Hapvida, Lívia Vieira de Melo.

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