quinta-feira, 20 de julho de 2023

25 de julho: Dia Nacional do Escritor

 


Em 1960, foi assinada uma portaria que criava o Dia Nacional do Escritor. Mas por que 25 de julho? Porque nessa data ocorreria o I Festival do Escritor Brasileiro, evento organizado pela União Brasileira de Escritores (UBE) que, na época, tinha como vice-presidente nada mais nada menos que o conhecido autor brasileiro Jorge Amado.
Com o evento e a comemoração, almejava-se homenagear escritores de todo o país. Até hoje, nesse dia, são realizadas atividades em escolas e bibliotecas para que renomados escritores sejam relembrados e para que novos escritores surjam. Entretanto, temos a sensação de que tem diminuído a quantidade de estudantes que manifestam o desejo de se aventurar no universo das palavras.

Na década de 1990, quando ministrava aulas para crianças, era comum ouvir que elas queriam ser escritoras. No Ensino Superior, também escutava jovens, principalmente da área da Comunicação, que tinham o mesmo desejo. Contudo, embora a meta fosse recorrente no ambiente escolar, comentários pejorativos da sociedade faziam grande parte dos sonhadores, amantes da escrita e da literatura, esquecer a área como caminho profissional. “Escritor não é profissão”. “Você vai ganhar pouco”. “Ser escritor não dá futuro”. “Ser escritor é só sonho”. Essas e outras afirmativas colocavam na cabeça de vários indivíduos que eles deveriam abandonar a ideia de dedicar suas habilidades de escrita ao papel ou, hoje, à tela.

Talvez, alguns indivíduos, por não terem a criatividade na alma e o dom da produção textual na ponta dos dedos, preferiam desestimular outras pessoas a viverem profissionalmente no universo literário. Em função disso, um número considerável de escritores pode ter sido apagado da história do Brasil. Professores de Língua Portuguesa, inclusive, podem dizer facilmente como as crianças são criativas nas aulas de redação. Até o 5º ano do Ensino Fundamental, as narrativas são espontâneas, cheias de cortes e surpresas. Depois, parece que a criatividade redacional é tolhida e, aos poucos, as histórias ganham vigor técnico e perdem em originalidade infantil.

A grande questão, então, gira em torno da palavra inspiração. Da mesma maneira que o ato de inspirar o ar para dentro de nossos pulmões e depois liberá-lo – por meio da expiração, para fora do nosso corpo – mantém-nos vivos, ser inspirador para uma criança ou jovem, que quer ser escritor, torna o sonho imortal. Desde os primeiros anos de vida, a leitura literária pode ser valorizada. Família e escola podem, e devem, levar qualquer indivíduo a sonhar com os livros. A reconhecer autoras e autores brasileiros como grandes talentos para a nossa própria nação e para o mundo.

Apesar de existirem algumas críticas sobre a possibilidade democrática de publicação de textos na internet, é indiscutível que hoje muitos talentos são descobertos por meio de mídias sociais. Na maioria das vezes, não há custos na divulgação de material próprio nessas plataformas. O jovem escritor pode veicular suas produções e popularizar-se sem limites. O sonho pode se tornar real em um clique. Se você está lendo este texto até aqui, pode ser que você já tenha sonhado em ser escritor e hoje seja o dia em que seu primeiro texto será publicado. Basta sonhar, escrever e publicar. Eu garanto a curtida.

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie 

A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) está na 71a posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa Times Higher Education 2021, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Comemorando 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras

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