No Brasil, conhecemos o primeiro caso de Covid-19 confirmado no país e o nome de Jaqueline Goes de Jesus quase ao mesmo tempo. Isso porque a biomédica e pesquisadora soteropolitana coordenou a equipe que sequenciou o genoma do vírus em 48 horas, tempo recorde em relação a outros países. A exatidão e a rapidez foram fundamentais para o estudo se destacar na comunidade científica.
De acordo com a biomédica e presidente da Comissão do Conselho Regional de Biomedicina da 2ª Região, Edileine Dellalibera, as mulheres têm alcançado esse protagonismo, mas ainda precisam de mais valorização. ‘‘Nós somos mais de 60% de profissionais. Nossa grande maioria de profissionais biomédicos são mulheres e nós precisamos realmente de um olhar diferenciado, de mais valorização e isso não só falando de biomedicina, mas de uma forma geral’’, conta.
A biomédica Edileine foi agraciada com o Prêmio Competência Profissional Mulher-edição 2021. O prêmio, organizado pelo Instituto Multidisciplinar, é concedido a personalidades femininas que se destacam por sua trajetória profissional em favor da qualidade de vida da sociedade pernambucana nas áreas da educação, cultura, economia e inovação tecnológica.
Cada vez mais as mulheres jovens estão buscando mais espaço na ciência, algo que é muito esperançoso em relação ao futuro.
“A educação é à base da mulher, porque a mulher é sempre colocada à prova o tempo todo. Na grande maioria das vezes é ela que abdica de quase tudo na vida para resolver o problema dos outros que não necessariamente é o dela enquanto indivíduo. É ela que tem que parar de estudar às vezes porque engravidou de uma forma não planejada. A ela cabe a responsabilidade do cuidar dos filhos, dos netos, dos irmãos, da família toda. E quem cuida dela? E a gente só consegue melhorar esse cuidado quando a gente realmente tem educação e no sentido mais amplo. Ver as mulheres lutando para conquistar os objetivos me deixa mais esperançosa’’, afirma Edileine.
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