Após a pandemia, houve um salto de mais de 40% no atendimento do Home Care. De acordo com diretor do Grupo Essencial Saúde, Fernando Murta, uma das principais vantagens desse atendimento, é a redução de custos na manutenção da saúde do paciente com doença crônica, pois eles demandam alta captação de recursos e gastos.
“Quando o estado de saúde desse paciente se tornar estável, é possível realizar a internação domiciliar. Dessa forma, os leitos dos hospitais estarão livres para pacientes que apresentam outros tipos de casos”, explica.
A grande característica do atendimento domiciliar é contar com uma equipe multidisciplinar, como a que existe no hospital. Ela prestará os serviços com o mesmo cuidado e qualidade. Por isso, não pode ser confundido com a figura do cuidador, que é aquele responsável pelas necessidades básicas do paciente, como alimentação e higiene.
Um dos benefícios do Home Care é a humanização do tratamento, o que possibilita um maior contato entre o paciente e sua família. De acordo com Fernando Murta, o atendimento domiciliar promove uma recuperação mais eficaz.
“Ter os cuidados médicos em casa, seguindo o mesmo rigor dos hospitais, mas com o apoio e convívio diário de quem se ama, torna a recuperação mais eficiente. Pois cuidar do paciente com amor, carinho, respeito e dedicação é algo digno. E é disso que todo ser humano precisa em qualquer fase da vida”, explica.
Outro ponto importante é que quando o paciente é tratado fora do âmbito hospitalar, fica menos exposto aos riscos infectológicos. Como um enfermo tem a imunização afetada, bactérias e vírus de hospitais podem ser grandes vilões na hora da recuperação. Manter um paciente em casa pode privá-lo de ter contaminações, pois ele fica menos exposto aos riscos infectológicos que podem piorar o quadro dele. Além disso, neste cenário os familiares e conhecidos não precisam também se expor a este ambiente e correr risco de contrair alguma doença.
Desospitalização
Os benefícios do atendimento domiciliar se estendem também para os hospitais. A desospitalização de um paciente é positiva também para o quadro da saúde no Brasil que enfrenta superlotação.
“Quando um paciente é direcionado para o tratamento em casa ele dá espaço para pacientes que precisam, essencialmente, da supervisão em aparelhagem em um hospital. Diante da insuficiente infraestrutura hospitalar no Brasil, onde 74,3% dos municípios possuem menos leitos do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), caso o setor de Atenção Domiciliar à Saúde encerrasse suas atividades, seriam necessários mais de 20 mil leitos hospitalares adicionais ao ano para absorver os pacientes atendidos pela modalidade”, aponta Fernando Murta.
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