As lesões cancerígenas podem afetar os lábios e toda cavidade oral, como gengivas, bochechas, céu da boca e língua. Segundo o Ministério da Saúde, esse tipo de câncer geralmente é diagnosticado em estágios mais avançados e, com a chegada do Dia Mundial do Câncer no próximo sábado, 04.02, os odontólogos alertam para a prevenção.
“Os exames odontológicos de rotina devem ser feitos com frequência, principalmente se a pessoa estiver no grupo de risco: homens, com mais de 40 anos, tabagistas, imunodeprimidos, portadores de próteses mal ajustadas e que possuem dietas ricas em gordura e álcool”, explica Samuel Veras, coordenador da Clínica Odonto FPS. Ele ressalta ainda que é importante controlar os fatores de risco, principalmente o tabagismo, a exposição ao sol, o consumo de álcool e sempre fazer bem a higiene bucal.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em média, o consumo de bebidas alcoólicas aumenta nove vezes a chance de adquirir o câncer de boca e, quando associado ao tabagismo, esse risco torna-se 35 vezes maior. Além disso, a instituição alerta para exposições excessivas aos raios solares, principalmente em pessoas de pele clara.
Como identificar os sintomas?
Para o diagnóstico, os exames clínicos realizados nos consultórios são seguros e são a melhor forma de identificar a doença. No entanto, também é possível o indivíduo visualizar se tem algo de errado. O coordenador da Clínica Odonto FPS explica como realizar de forma adequada o autoexame: “Se sentir que tem algo estranho ou incomodando, lavar as mãos, posicionar-se de frente para o espelho e observar a face, lábios e interior de toda a boca. Caso tenha alguma lesão que não cicatrize há mais de 15 dias, manchas vermelhas ou esbranquiçadas ou nódulos no pescoço, é importante procurar um odontólogo”. “É importante lembrar que o autoexame é uma forma de identificar se tem algo de errado, mas, apenas com os exames clínicos e a biópsia, pode ser confirmado o diagnóstico”, completa Samuel.
As chances de cura é em média de 80%, caso o câncer de boca seja diagnosticado no início e tratado da maneira adequada. Na maioria das vezes o tratamento envolve cirurgia oncológica ou radioterapia, podendo também utilizar os dois métodos de forma associada.
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