Com uma sonoridade que passeia pelo Synth Pop, Indie e City Pop, o trabalho oscila entre sensações de nostalgia e reflexões sobre o presente, muito evocadas nas letras. Como comenta Pedro Spadoni, as harmonias que bebem do Jazz e da música japonesa trazem dinâmica às composições, assim como as melodias de voz:
“É um EP que você pode ouvir pra se concentrar, ou em momentos de relaxamento, mas acredito que uma hora ele acaba te pegando para pensar. Brincamos com a ideia de música de espera, mas não é que sejam músicas etéreas. Há um movimento nas composições e melodias e acredito que alguns chamados para reflexão, pontos que trazem bastante dinâmica pra Lobby Songs” - comenta Pedro.
Com 15 minutos de duração, o EP tem 5 faixas, contando com uma vinheta imersiva que simula uma espera telefônica. Se "Windy" já dava indícios da natureza "leve" do projeto, faixas como "F1" e "Don't Talk", deixam mais evidentes as referências do City Pop e Jazz. Quem gostou de Windy deve se interessar por “Sapphire”, faixa com linha de baixo marcante e vocais mais próximos do single de estreia. Em cinco faixas, o projeto já mostra certa versatilidade e possíveis caminhos futuros, mas percebemos uma constante: é um projeto que sempre deverá evocar imagens visuais, entrelaçando nostalgia a uma sonoridade indie pop acessível e internacional.
Como comenta Matheus,”F1” já mostra um lado mais City Pop do projeto:
“Na F1, por mais que não tenha guitarra, a harmonia do refrão foi feita na guitarra e tomando muito como referência as músicas do Tatsuro. É uma sequência de acordes bem pop, mas com alguns detalhes que acabam não deixando muito “batido”. Outra coisa legal é o baixo, que como gravei usando o Hofner do Pedro, estava tudo ao contrário pra mim, e aí tenho certeza que algumas linhas que saíram nunca teriam sido tocadas se eu tivesse com um baixo canhoto” - comenta Matheus.
O EP teve praticamente toda produção feita na casa dos músicos Pedro Spadoni e Matheus Del Claro, apenas com as vozes de Mariana Stein e Pedro finalizadas no estúdio da Casa Algohits, com o auxílio do produtor Hugo Silva. O engenheiro de som Paulo Senoni assina a mixagem final e masterização, além de contribuir na composição de "F1".
Foto Por: Yasmin Kalaf
O single "Windy"
Bem recebido pelo público, o single de estreia foi capa na playlist Indie Brasil, do Deezer, e teve destaques em portais do Brasil, América Latina e Espanha, além da exposição no cultuado canal de YouTube ucraniano "alona chemerys" e execuções em rádios do exterior.
Arte da capa é um universo à parte
Desenvolvida por Dara (Arthur Daraujo), a capa de Lobby Songs reflete tanto a característica onírica do EP como sua capacidade de imersão:
“Queríamos que a capa transmitisse a vibe do álbum, por isso tem esse ar de nostalgia, usando cores como um gibi antigo. Como salas de espera, trouxemos uma impressão de suspensão do tempo e da realidade. As sombras têm cada uma um ângulo, como os ponteiros de um relógio: é um mundo de ontem e de hoje, sem tempo definido, como um sonho" - comenta Dara
Capa do EP "Lobby Songs" (baixe aqui)
Arte Por: Arthur Daraujo
Comentários faixa a faixa:
Welcome por Pedro Spadoni:
“A introdução, ao mesmo tempo que apresenta o EP, traz essa ideia de que é pra ser ouvido inteiro, amarrando o conceito. Nela, brincamos com a temática de música de espera com uma bossinha (o gênero global de música de espera), e assim como deixamos easter eggs na capa, fazemos referências às músicas do EP dentro do menu”
Windy por Mari Stein:
“Windy é uma dessas músicas que mais parecem um abraço do que uma canção. A melodia te carrega com uma nostalgia de algo que não se sabe ao certo o que é, enquanto a letra te lembra de que vai ficar tudo bem”
Sapphire por Cainan Willy (Cavaca Records):
“Jóia bruta lapidada com carinho, essa faixa revela logo de cara seu clima imersivo de viagens pelo reino dos sonhos. Pouco a pouco, ‘Sapphire’ transforma a exploração em descoberta, com a beleza e a delicadeza que mora nos poderes ocultos e místicos de um cristal. Na próxima vez que minha mente projetar um sonho onde eu consiga voar, quero que essa seja a trilha sonora, assim eu consigo planar tranquilo e despertar renovado”.
F1 por Matheus Del Claro:
“Na F1, por mais que não tenha guitarra, a harmonia do refrão foi feita na guitarra e tomando muito como referência as músicas do Tatsuro. É uma sequência de acordes bem pop mas com alguns detalhes que acabam não deixando muito “batido”. Outra coisa legal é o baixo, que como gravei usando o Hofner do Pedro, estava tudo ao contrário pra mim (rs), e aí tenho certeza que algumas linhas que saíram nunca teriam sido tocadas se eu tivesse com um baixo canhoto”
F1 e comentários gerais, por Paulo Senoni:
“O legal da City Mall é que, apesar do clima de música de elevador, as composições trazem um certo desafio pro ouvinte. Foi nisso que eu estava pensando quando comecei a escrever a “F1”, que entra com uma sequência de acordes meio tortos que desencadeiam numa melodia reflexiva e, ao mesmo tempo, acolhedora. Acho que a sonoridade do EP também acabou representando esse aconchego, “abraçando” quem está ouvindo com um som tranquilo, dinâmico e com o “punch” nas frequências certas!”
Don’t Talk por Pedro Spadoni:
“Acho que é na Don’t Talk que dá pra ver as referências de City Pop de uma maneira um pouco mais explícita, por algumas melodias e escolhas de timbres e instrumentos. O refrão da F1 também é muito, mas talvez percebam menos. Essa é uma música que reflete sobre erros e como a gente deve encarar esse tipo de situação. Por tratar de sentimentos delicados, é uma música toda instável, cheia de modulações, que traz momentos e sentimentos diferentes em cada parte.”
Ficha Técnica:
Composição, instrumentos e produção musical: Pedro Spadoni, Matheus Del Claro
Vocais: Mariana Stein, Pedro Spadoni
Mixagem final e Masterização: Paulo Senoni (participa da composição de "F1")
Capa: Arthur Daraujo
Assessoria de imprensa: Rafael Chioccarello
Selo: Cavaca Records
Letras
Fotos: Mariana Moreira e Yasmin Kalaf
Sobre a City Mall
Uma banda profissional de esperas telefônicas, especializada em produzir música para elevadores, lobbies de hotel, e salas de espera de dentistas - é com essa brincadeira que se define a City Mall, novo projeto lançado pela Cavaca Records. Baseada em São Paulo, a banda é formada por Mariana Stein (voz), Pedro Spadoni e Matheus Del Claro (idealizadores e produtores).
O projeto nasceu das conversas entre Pedro Spadoni (Cat Vids) e Matheus Del Claro (Del Claro, Sofa Club), e da mútua admiração por artistas como Anri, Tatsuro Yamashita e de expoentes do Yacht Rock como Steely Dan e Toto. Conhecidos por seus trabalhos focados no indie rock, os músicos resolveram experimentar, trazendo essas referências para o universo das suas composições indie, criando assim um Synth-Pop com harmonias de Jazz e referências ao City Pop japonês e músicas pop dos anos 80. O EP de estreia “Lobby Songs” está sendo lançado pelo selo paulistano Cavaca Records.
Sobre a Cavaca Records
Criado em 2017 pela dupla Cainan Willy e Yasmin Kalaf, o selo está baseado na cidade de São Paulo e tem papel fundamental na divulgação, distribuição e produção visual e conceitual de artistas e bandas que integram seu casting. Aposta na versatilidade da música independente nacional e em seu casting estão projetos de diversas partes do país, com amplas propostas sonoras.
Foram lançados pelo Cavaca Records artistas e bandas como: eliminadorzinho, Meu Nome Não É Portugas, BAL, Felipe Neiva, Helo Cleaver, Astralplane, Leveze, CACO/CONCHA e mais.
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