sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Marco Nanini é destaque da Revista 29HORAS Edição Congonhas/SP



Lineu Silva, Odorico Paraguaçu, Tony Albuquerque e Cleide Albuquerque, Dom João VI, Augusto de Lurton, Senhor Jourdain, Willy Loman, Doutor Teodoro Madureira, Vinícius Lisboa, professor Pancrácio Martinho... Esses são apenas alguns dos memoráveis personagens que o ator Marco Nanini já interpretou em seus 50 anos de carreira.
No momento, aos 75 anos, atua em “O Traidor”, espetáculo dirigido por Gerald Thomas em cartaz até o dia 17 de dezembro no Teatro Antunes Filho, no Sesc Vila Mariana, na capital paulista. Para falar de seu ofício, das redes sociais, da miséria e de aquecimento global, Nanini é destaque da  Revista 29HORAS Edição Aeroporto de Congonhas. 


Ator, autor, produtor teatral e dramaturgo pernambucano, Marco Nanini é nascido no Recife e radicado no Rio desde o final da década de 1960. Dono de um currículo eclético e recheado de sucessos – seja na TV (onde atuou em dezenas de novelas e, entre 2001 e 2014, brilhou como o Lineu da sitcom “A Grande Família”), no cinema (em produções como “Carlota Joaquina” e “O Bem Amado”) ou no teatro, em comédias como “Doce Deleite” (com Marília Pêra) e “O Mistério de Irma Vap” (contracenando com Ney Latorraca e dirigido por Marília Pêra - ela de novo!). Destaque também para atuações em “O Burguês Ridículo”, de Molière, e “A Morte do Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller. 


“Cada veículo tem os seus códigos, a sua graça e o seu jeito de fazer bem específico. Eu gosto de transitar entre todas as mídias e descobrir o prazer de atuar em cada uma”, pontua Nanini.


Em “O Traidor”, pode-se dizer que tem como personagem um camarada atormentado e cheio de angústias, medos e crises de identidade: “Ele emenda assuntos e frases que aparentemente não fazem sentido, quase como um esquizofrênico ou alguém que está enlouquecendo nesse mundo de hoje. O texto diz que pelo menos não estamos queimando nas fogueiras – o aquecimento global está aí, mas com a ‘vantagem’ de que o calor é para todos. Tem uma visão apocalíptica de que estamos em um momento muito complexo para o mundo e para a humanidade, mas com algum humor, com um olhar que não é trágico”, define. 


E conclui: “O personagem tem meu nome e, para o Gerald, representa uma soma de todos os atores do mundo, mas também dialoga com coisas que eu já fiz. E tudo naquele exercício de estilo do Gerald, que mistura assuntos contemporâneos, tem uma série de citações e referências”. 


“O Nanini é o ator mais intenso que eu conheço. Como dirijo em pé, a um metro de distância, sinto cada respiração dele. Depois, chego no hotel e continuo ouvindo a sua voz. Que prazer é escrever para ele e dirigi-lo. Ter Marco Nanini pela frente é tudo”, celebra Gerald Thomas.

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