“‘Tango do Cordeiro’ é uma declaração de amor à profissão do artista, em forma de música. E o clipe faz jus à essa mensagem, esse texto tão forte e dramático. Silvia e Marcos me deram a oportunidade de brilhar como ator e intérprete nessa poesia em forma de imagem”, revela Edson Cordeiro. “Quando recebi a música de Zeca me emocionei muito. Percebi que se tratava de algo importante para minha carreira. É um texto que me descreve e retrata minha vida como artista, o que faz com que muita gente que trabalha com arte também se identifique com a canção. A responsabilidade de fazer disso uma imagem era muito grande também e a decisão de convidar Silvia e Marcos foi muito feliz. Eles entenderam que a melhor maneira de fazer o clipe seria usando a potência dramática da música para criar uma espécie de filme, com essas imagens tão fortes, que me deram espaço para potencializar o meu lado ator”, comemora o artista.
Quando surgiu na cena musical, no início dos anos 90, Edson Cordeiro arrebatou o público com sua exuberância vocal de contratenor, repertório eclético e performance superteatral no palco. Mas o lançamento de seu terceiro disco, “Clubbing" (1997), que trazia uma versão da “Ave Maria” de Gounod com base tecno do aclamado produtor Suba (Mitar Subotić), motivou a ira de parte do público religioso, que passou a escrever para os jornais tentando promover um boicote ao cantor. Rita Lee, sabendo disso, publicou um texto num importante jornal de São Paulo em que dizia, com sua espirituosidade peculiar: "Não sacrifiquem o Cordeiro". Essa frase é o mote da canção composta pelo amigo Zeca Baleiro sob encomenda para Edson, que a batizou de Tango do Cordeiro.
Com produção do próprio Baleiro e de Pedro Cunha, o single é um lançamento da Saravá Discos com distribuição da ONErpm.
“Dou-me em oferenda / Não em sacrifício… Quero cantar minha canção / Com fúria e felicidade (Com fúria e eletricidade)”
“A ideia de dar-se 'em oferenda e não em sacrifício' é linda. Essa música fala do ofício do cantar, dessa minha entrega para a arte. Zeca captou a essência da minha história. E me deu a oportunidade de usar o meu poder de intérprete e meu virtuosismo, que é minha marca registrada, dando um salto de duas oitavas no final da música. Pude expressar a experiência e inteligência que adquiri em 35 anos de carreira como músico, compositor e intérprete, sem abrir mão da minha assinatura, que é minha voz, meu tom dramático e teatral. Essa canção tem tudo de mim!”, comenta Cordeiro.
Tango do Cordeiro dá início a uma série de singles produzidos por Baleiro e que serão compilados em um álbum no próximo ano. Será o décimo quarto álbum de Edson Cordeiro que, entre muitas premiações, ganhou dois discos de ouro, tem quatro Prêmios da Música Brasileira, recebeu o APCA de melhor cantor do ano por seu primeiro disco (1992) e uma indicação ao Grammy Latino na categoria de música clássica, pelo álbum “Contratenor” (2005). Radicado na Alemanha desde 2007, dono de uma impressionante amplitude vocal, tem realizado turnês de sucesso pelo mundo e se dedicado a trabalhos distintos, mostrando toda versatilidade e derrubando barreiras entre gêneros musicais, tanto cantando ópera e música erudita como clássicos da canção brasileira e as formas mais modernas da música latina, jazz, rock, pop e dance music, com um repertório poliglota.
[letra]
TANGO DO CORDEIRO (Zeca Baleiro)
Me deixe ser o que eu sou
Me dê a mão, me dê amor
Vamos dançar na tempestade
Eu ouço gritos na prisão
No tempo da escuridão
Quero ser luz pela cidade
Ser de deus como um cordeiro
Ser do mundo como um cão
Dou-me em oferenda
Não em sacrifício
Casa da virtude
Morada do vício
Tudo que importa cabe em minha mão
Minhas linhas tortas certo escreverão
Tudo que importa cabe em minha mão
Vou abrir a porta
A chave é o coração
Me deixe ganhar o meu pão
Quero cantar minha canção
Com fúria e felicidade
(Com fúria e eletricidade)
Só quero existir e ser
Como ela, ele e você
Ver e viver minha verdade
(Ver, viver, ser minha verdade)
Ser de deus como um cordeiro
Ser do mundo como um cão
Dou-me em oferenda
Não em sacrifício
Casa da virtude
Morada do vício
Tudo que importa cabe em minha mão
Minhas linhas tortas certo escreverão
Tudo que importa cabe em minha mão
(Tudo que me cabe, cabe em minha mão)
Vou abrir a porta
A chave é o coração
[ficha técnica | clipe]
Roteiro, filmagem, direção e edição: Silvia Zamboni e Marcos Faria
[ficha técnica - áudio]
Edson Cordeiro - voz
Pedro Cunha - piano, teclados e baixo synth
Kuki Stolarski - bateria e loop
Arranjado e produzido por Zeca Baleiro e Pedro Cunha
Mixado e masterizado por Alexandre Fontanetti
Lançamento Saravá Discos / Distribuição ONErpm
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