Pesquisas recentes revelam um preocupante aumento nos casos de violência que afetam educadores e alunos de todo país. Somado aos casos de violência, o volume de informações e sugestões para solucionar o problema deixam a todos ainda mais inseguros e com medo, o que amplifica a sensação de vulnerabilidade social. Contudo, é fundamental enxergar a escola como um potente espaço de convivência. A partir da compreensão de fatores que levam às violências, é imprescindível reforçar a importância do ambiente escolar na prevenção de conflitos e valorizar a escola como espaço coletivo para aprender a conviver.
Para compartilhar contexto e perspectivas sobre o tema, o evento conta com a participação das especialistas Telma Vinha que é Doutora em Educação e Professora da Faculdade de Educação da Unicamp, Coordenadora do Grupo de Estudos “Ética, Diversidade e Democracia na Escola Pública” do Instituto de Estudos Avançados da Unicamp e Coordenadora associada do “Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Moral”, o GEPEM, da Unesp/Unicamp e Juliana Hampshire, Psicóloga e Mestre em Teoria Psicanalítica pela UFRJ, que traçou seu percurso pela pesquisa e pela clínica, atuando em consultório particular e no SUS. Com a experiência da maternidade, a Educadora se viu fisgada pela poesia da infância e os processos de aquisição de linguagem, tornou-se educadora, compreendendo a escola como espaço privilegiado para o encontro.
“Quando uma escola é atacada, mesmo que seja uma, todas são atacadas. Não adianta pensarmos em soluções apenas para uma escola. Temos que pensar em soluções sistêmicas. Discutir a convivência na escola é debater o tipo de sociedade que queremos no futuro. Somos todos responsáveis pela convivência e não apenas um ou outro. É fundamental que haja escuta e respeito pela autonomia e protagonismo dos estudantes e profissionais na decisão do que acreditam que seja bom para eles. A decisão não vem de fora. A escuta, relações de confiança e decisão coletiva de cuidado de sua comunidade também é terapêutico e trata. Convidar espaços para esse protagonismo é fundamental.” completa Telma Vinha.
Uma educação que valoriza o protagonismo dos alunos, cria espaços de diálogo e reflexão, onde eles podem expressar suas opiniões, discutir questões relevantes, aprender a ouvir e a respeitar diferentes pontos de vista.
O evento também terá a participação da Psicóloga, Mestre em Teoria Psicanalítica pelo Programa de Pós Graduação em Teoria Psicanalítica da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e Especialista em Clínica Psicanalítica pelo IPUB/UFRJ, Juliana Hampshire, que destaca o convívio com crianças e adolescentes, e o cultivo de espaços de escuta e diálogo, que são essenciais para promover o desenvolvimento saudável, fortalecer os laços familiares, incentivar o aprendizado mútuo e proporcionar um ambiente propício para o crescimento emocional, social e intelectual
“Numa cultura em que o tempo é sempre curto e as demandas não param, o nosso foco é sempre a produtividade. Isso tem direcionado nossas formas de estar na vida, onde o resultado importa, mas o caminho, nem tanto. Acaba que, exatamente o tempo que deve ser vivido como experiência vira um obstáculo para ‘dar conta de tudo’, deixamos de enxergar e escutar o outro, o que tem consequências para todas e todos. É fundamental repensarmos o que temos oferecido para nossas infâncias e adolescências”, completa a Psicóloga.
Após a apresentação das palestrantes, um painel será mediado com as duas especialistas, para que os participantes saiam do encontro não só com o cenário dos desafios, mas também de caminhos possíveis, em casa e nas escolas, da promoção de convívios mais saudáveis e seguros.
Para Luis Norberto Pascoal, Presidente da Fundação Educar, a temática é relevante e urgente. “Não podemos depositar, apenas nas escolas, a responsabilidade em lidar com as violências. Por isso, ampliar o espaço de conversa para famílias e até mesmo para os alunos, será importante para essa edição do Educação e Protagonismo. Como diz aquele famoso ditado africano: ‘é preciso uma vila para educar uma criança, precisamos nos reunir, em comunidade, para cuidarmos coletivamente do futuro da educação’”, justifica Luis Norberto Pascoal.
A inscrição para o Educação e Protagonismo 2023 é gratuita e ao se inscrever, o participante recebe um convite que deve ser apresentado na entrada do evento, no qual será respeitada a ordem de chegada e o acesso se encerra com ocupação máxima do teatro.
Serviço:
Educação e Protagonismo 2023
Data: 14 de junho de 2023 - das 18h30 às 21h
Local: Teatro Oficina do Estudante - Shopping Iguatemi | Campinas-SP
Inscrições gratuitas (vagas limitadas):
https://www.sympla.com.br/17-educacao-e-protagonismo-violencia-nas-escolas__2003729 (evento com Intérprete de Libras, Leganda e Audiodescrição)
Transmissão Online: Youtube Fundação Educar:
https://www.youtube.com/@FundacaoEducar
(transmissão com Intérprete de Libras e Audiodescrição)
Sobre a Fundação Educar
A Fundação Educar é o investimento social da Companhia DPaschoal e atua com educação para a cidadania como estratégia de transformação social. Seus projetos – divididos nos eixos “Educar Para o Protagonismo”, “Educar Para Ler”, “Educar Para Empreender”, “Cooperar com o Social” e “SER Educar” – visam garantir que as pessoas se reconheçam como protagonistas de suas vidas e de suas comunidades, desenvolvam habilidades e sejam verdadeiras agentes de mudança para um futuro melhor.
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