Além dos benefícios individuais, permitir que as crianças se conectem com suas próprias emoções tem um impacto positivo na sociedade como um todo, contribuindo para acessar partes do cérebro que ampliam o potencial da criança e constrói bagagens adicionais para o futuro seja no campo motor, cognitivo ou emocional. Isto ocorre porque a aprendizagem é um processo que ocorre por meio do cérebro humano, que recebe as informações dos sentidos por meio dos nervos sensoriais e processa essas informações para criar conexões neurais e registrar as experiências. “Cada indivíduo processa e interpreta as informações de maneira única, devido a fatores como história emocional, afetiva, social e motora. Portanto, não existe uma forma única de aprendizagem para todas as pessoas, independentemente da faixa etária”, destaca professora e neurobióloga Marta Relvas.
Para a profissional, que é membro efetiva da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento, a forma como as informações são absorvidas e estimulam a mente no processo de aprendizado pode envolver estímulos individualmente ou de forma combinada. Com isso, o ambiente de aprendizagem pode ainda influenciar muito a forma como as informações são assimiladas, mas a capacidade de compreensão e assimilação das informações pelo cérebro é a mesma em qualquer sistema.
No caso de crianças com transtornos de aprendizagem, como TDAH, autismo e ansiedade, intervenções pedagógicas específicas são necessárias para atender às suas necessidades de processamento de informações. Uma abordagem combinada, que engaje o interesse e a colaboração entre os alunos, pode ser mais eficaz, desde que respeite as necessidades individuais de cada criança. Afinal, os principais desafios enfrentados por crianças com transtornos, como TDAH, ansiedade e depressão, no processo de aprendizagem podem envolver dificuldades de foco, equilíbrio, coordenação motora, absorção de informações e retenção de conteúdos.
“No entanto, essas habilidades podem ser aprendidas e fortalecidas com o tempo. As conexões neurais podem ser fortalecidas por meio de terapias multidisciplinares, que atuam no fortalecimento das redes neuronais e na liberação de neurotransmissores importantes para a formação de memórias. Em relação aos estímulos no processo educacional, diferentes tipos de estímulos, como luz, som e temperatura, podem trazer resultados positivos. Por isso, compreende-se que a continuidade das intervenções é fundamental para evitar regressões no processo de evolução”, enfatiza Marta. E é com o objetivo de compartilhar práticas assertivas de identificação, tratamento e monitoramento do TDAH, o Professor Doutor Fabrício Cardoso participará do I Congresso Nacional de Transtorno do Desenvolvimento, com a temática "Um Olhar Multidisciplinar", nesse sábado (dia 27) e domingo (dia 28 de maio), no Mar Hotel em Boa Viagem.
O evento é promovido pelo Grupo CEAM - Centro Especializado em Apoio Multidisciplinar, organização que nasceu de um compromisso de contribuir com o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Por isso, o Congresso conta com o time de especialistas multidisciplinares no campo da educação e saúde, para dividir experiência, técnicas e conhecimento para quem atua ou convive com públicos com transtornos e dificuldades de aprendizagem. Reunindo alguns dos profissionais mais renomados da área, o programa conta com a presença da psicopedagoga Inês Abranges; a neurocientista Marta Relvas; a psicopedagoga Rita Russo; a fonoaudióloga e a professora Simone Capellin, Coordenadora do Laboratório de Investigação dos Desvios da Aprendizagem; o psiquiatra e neurocientista, Luiz Antônio Correia, presidente da Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp); o fonoaudiologista e professor doutor Jaime Zorzi, Diretor do CEFAC Saúde e Educação; o professor Paulo Chereguini, especialista em terapia ABA (Análise Aplicada ao Comportamento) ao TEA; a psicóloga clínica e mestre em Educação, Aída Brito, especialista em Educação Especial e Inclusiva; e o professor Lucelmo Lacerda, especialista em Educação Especial, Inclusiva e Políticas de Inclusão.
“Queremos que todos que participem do congresso tenham a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e aplicar no dia a dia processos que estão mostrando grandes resultados no país todos, pois acreditamos que quem estuda melhor atende. Com isso, os pais das crianças se sentem mais preparados e os profissionais conseguem desenvolver melhor suas intervenções seja no ambiente clínico ou escola. Precisamos mostrar que o desenvolvimento das crianças é uma parte de todo uma jornada que envolve vários agentes e integrações multidisciplinares”, enfatiza o psicólogo Italo Gomes, especialista em neuropsicologia e sócio-diretor do CEAM. Desta forma, as inscrições para o I Congresso Nacional de Transtorno do Desenvolvimento: Um Olhar Multidisciplinar ainda estão abertas e podem ser realizadas pelo Sympla. O evento acontecerá nos dias 27 e 28 de maio, sábado e domingo, respectivamente, no Mar Hotel Conventions, em Boa Viagem, no Recife, das 07h às 19h. Para efetuar a inscrição, é necessário acessar o site ((https://www.sympla.com.br/evento/i-congresso-nacional-de-transtorno-do-desenvolvimento-um-olhar-multidisciplinar/1804781), onde também é disponibilizado a programação completa do evento.
SERVIÇO
I CONGRESSO NACIONAL DE TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO: UM OLHAR MULTIDISCIPLINAR
Dias: Sábado (dia 27 de maio) e Domingo (dia 28 de maio)
Horário: 07h às 19h
Local: Mar Hotel Conventions, Recife – PE (Rua Barão de Souza Leão, 451 Boa Viagem)
Tipo: Evento presencial
Inscrições: Sympla
(https://www.sympla.com.br/evento/i-congresso-nacional-de-transtorno-do-desenvolvimento-um-olhar-multidisciplinar/1804781)
Informações: https://faculdadeceam.com.br/congresso/
Programa completo: https://drive.google.com/file/d/16Eh24hAlFoa_P6Y0UXUVJvUbQmPyPJUF/view
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