O
relacionamento da mãe com o bebê inicia a partir do momento em que ela descobre
a gravidez, porém, os laços tornam-se mais fortes com o nascimento e os
primeiros contatos entre os dois. Uma das formas mais simples e eficazes de
criar uma relação mais próxima é a amamentação que traz benefícios para o
desenvolvimento do bebê.
Base de
pesquisa para diversos estudos científicos de todo o mundo, o leite materno é
fundamental na prevenção de alergias e problemas de saúde causados durante o
desenvolvimento da criança. “Por conter
células de defesa materna, ele protege o bebê da maioria das doenças”, explica
o pediatra e nutrólogo do Hapvida Saúde, Marcelo Maranhão.
Até os
seis meses de vida do bebê, o leite materno é o responsável por suprir as
necessidades alimentares da criança e só depois desta idade é preciso inserir
outros alimentos, como afirma o pediatra. “No início o bebê pode rejeitar as
ofertas porque tudo é novidade (a colher, o sabor e a consistência do
alimento). Mesmo recebendo outros alimentos, a criança deve mamar até os dois
anos ou mais, pois o leite materno continua alimentando e protegendo contra
doenças”.
O
cuidado com a alimentação do bebê é fundamental para que a criança tenha pleno
desenvolvimento, cresça de forma saudável e esteja menos suscetível a adquirir
doenças. O leite materno possui benefícios a curto e longo prazo, sobretudo
para os prematuros, já que eles precisam ainda mais de nutrientes específicos
para o seu desenvolvimento, como proteínas, cálcio, fósforo, magnésio e
lactose, que também estão envolvidos na formação do sistema motor.
Segundo
o pediatra, alguns componentes do leite materno são responsáveis, ainda, por
auxiliar no desenvolvimento neurológico do bebê. “Eles estão envolvidos no
metabolismo do sistema nervoso, na formação de mielina e na maturação das
funções corticais do cérebro. A colina é outro nutriente que está presente em
grandes quantidades no leite materno e favorece o bom desenvolvimento
neurológico”, ressalta.
Saúde da
mãe
Para o
especialista, a amamentação estabelece uma ligação mais íntima entre a mãe e o
bebê, além de garantir segurança emocional para a criança. De acordo com
Marcelo Maranhão, esse momento também garante inúmeros benefícios para a mãe.
“Além de produzir em maior quantidade os hormônios que auxiliam o corpo a
voltar ao normal, a amamentação também protege as mulheres contra a depressão
pós-parto e reduz o sangramento após o parto”, revela.
Além
disso, durante a amamentação, é muito comum o aparecimento de dores no pescoço
e nos ombros, pois a mãe permanece em uma mesma postura, sustentando o bebê no
braço com a cabeça inclinada e direcionada para ele por um longo período.
Segundo a fisioterapeuta Juliana Elias, da Equilibra, Centro de Reeducação da
Postura e do Movimento, as mães precisam prestar atenção à postura no momento
da amamentação. “O ideal é utilizar um apoio para os braços e o pescoço,
deixando-os em uma posição mais relaxada. Se possível, alternar o braço de
apoio do bebê na próxima mamada, para não sobrecarregar ombros e pescoços”, orienta
a fisioterapeuta.
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