A
prática de exercícios físicos tem crescido consideravelmente nos últimos anos.
De acordo com a Vigitel Brasil 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção
para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), cerca de 35,7% da população
maior de 18 de João Pessoa praticam, ao menos, 150 minutos de atividades
físicas por semana. O boom das redes sociais colaborou para essa busca pela
melhoria na qualidade de vida, tendo em vista os perfis de anônimos e
celebridades - com milhares de seguidores -, que postam sobre os seus hábitos
de alimentação e exercícios, estimulando a procura por hábitos saudáveis e,
também, corpos definidos.
No
entanto, a falta de orientação pode causar danos durante a prática de
atividades físicas e, consequentemente, prejudicar a saúde do corpo. Além
disso, as refeições precisam ser adequadas para cada biotipo e tipo de
exercício que será praticado, ou seja, a mudança alimentar não pode acontecer
aleatoriamente e precisa de acompanhamento nutricional para garantir a sua
eficiência.
Para
suprir deficiências alimentares causadas por restrições ou, até mesmo,
estimular o desenvolvimento de massa magra e queima de gordura, muitas pessoas
acabam optando por suplementos alimentares. Mas, de acordo com a nutricionista
do Hapvida Saúde, Tanara Ferreira, é preciso ter cuidado ao ingerir esses
produtos sem orientação e desordenadamente.
“Esse
consumo pode causar desequilíbrios nutricionais quando não dá um suporte
adequado de nutrientes ao longo do dia. Às vezes, acontece excesso de alguns
nutrientes e carências de outros, que podem levar a sobrecargas no organismo,
causando obesidade, dislipidemias (aumento da taxa de gordura no sangue),
problemas hepáticos. No caso de suplementos, são riscos semelhantes a uma
alimentação desajustada. Remédios têm diversos efeitos colaterais e é de
competência médica indicar ou não”, esclarece.
A
especialista explica que o consumo de suplementos é indicada nos casos em que a
necessidade nutricional não é atingida só com os alimentos e é preciso
complementar para manter o equilíbrio desses nutrientes. “É o caso de atletas
que têm um gasto energético elevado e que às vezes fica difícil suprir essa
demanda só com alimentos. Quando o paciente tem alguma restrição alimentar, por
alergia ou intolerância ou aversão e, por isso, para conseguir alcançar a
necessidade nutricional, pode-se utilizar suplementos”, afirma.
De
acordo com Tanara Ferreira, apesar dos suplementos serem indicados em algumas
situações, é preciso ter uma orientação do especialista para avaliar a
necessidade e, se for o caso, a melhor suplementação. “O nutricionista fará uma
avaliação nutricional, que é composta por avaliação antropométrica - realizando
todas as medidas-, avaliação laboratorial -com exames necessários, avaliação
clínica – identificando todas as doenças - e anamnese alimentar para investigar
a alimentação atual, aversões, alergias e intolerâncias alimentares. Fora isso,
é necessário combinar todos esses dados com a rotina de exercício para, assim,
elaborar um plano alimentar adaptado para a situação individual”, complementa.
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