Na semana passada, em conversa com o Diário de Pernambuco, publicado no dia 30 de outubro, Daniela se declarou apaixonada pelo frevo e pelo Carnaval do Recife e Olinda. Falou sobre reserva de mercado pernambucano. Confira:
Muitos artistas pernambucanos defendem a exclusividade de artistas locais na escalação para festividades como o Carnaval e São João. O que acha disso?
Somos impregnados uns dos outros. As fronteiras que Recife está fazendo, gera fechamentos culturais para Pernambuco que não são saudáveis. A manuntenção da tradição não impede o diálogo com outras culturas. Os visitantes também absorvem. Sou impregnada de frevo, forró, maracatu... O que faço com isso? Se não fosse a do Recife, talvez o axé nem existisse. O galope e frevo são as bases do Axé. Essas segregações são periogosas. Elas são equivalentes a separações de raça e cor. A gente vive no mundo para se respeitar e celebrar. Para exaltar nossas origens e tradições e valorizar o que temos de melhor. Mas também para dialogar, acolher e receber. Se todo mundo se fechar para receber música de outros lugares, seria um caos. Acho que é preciso encontrar outra forma de manter a tradição, sem perder o diálogo cultural. O Brasil é o país das inclusões, não das exclusões. O Recife está precisando fazer um carnaval mais diverso. Deixar algum orixá de outro terreiro entrar. Incluam a gente, digo isso com muito carinho e fofura.
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