Os
poetas paraibanos André Ricardo Aguiar, Hildeberto Barbosa Filho, Linaldo
Guedes e Sérgio de Castro Pinto participam, neste sábado (29), da Feira
Nordestina do Livro, que acontece no Centro de Convenções, em Pernambuco. Os
quatro autores participam de uma noite dedicada à poesia paraibana na Sala
Ariano Suassuna, a partir das 19 horas.
Durante suas participações, André,
Hildeberto, Linaldo e Sérgio vão discutir o futuro do livro e o livro do
futuro, o Nordeste e a Literatura, entre outros temas. Vão, também, fazer
leitura de poemas para o público presente. Todos os autores tem livros
publicados recentemente. André Ricardo Aguiar é autor de “A Idade da Chuva”,
Hildeberto de “Vou por ai”, Linaldo de “Receitas de como se tornar um bom escritor”
e Sérgio de “A flor do gol”.
Estimular
o hábito da leitura no Nordeste e movimentar o setor cultural em torno de nomes
importantes da literatura mundial, nacional e, especialmente, nordestina são os
objetivos da I Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), que acontece de 28 de
agosto a 7 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco.
O
evento, realizado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e Associação do
Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros (Andelivros), tem a
participação de mais de 200 editoras e 120 estandes com público esperado de 200
mil pessoas.
A
Fenelivro celebra os cem anos da Imprensa Oficial do Estado e homenageia dois
pernambucanos que contribuíram, cada um no seu estilo literário, para
engrandecer a literatura do Estado: Lourival Batista, o Louro do Pajeú (in
memoriam), e o historiador Evaldo Cabral de Mello.
A
curadoria é do jornalista Evaldo Costa, que concebe a feira a partir de dois
grandes temas de debate: O livro do futuro, o futuro do livro e o Nordeste. As
novas tecnologias, a maneira como os leitores consomem os livros, como os novos
hábitos de leitura têm atingido a indústria editorial são discutidos por meio
de debates e palestras, apresentando os mundos do papel e da era digital.
Na
programação do evento, o angolano José Eduardo Agualusa e os autores
brasileiros Augusto Cury, Marcelino Freire, Guilherme Fiuza, José Castello,
Xico Sá e Gerson Camarotti. Carlo Carrenho, diretor do blog PublishNews, também
é uma das atrações. A espanhola Inés Miret, que é consultora especialista em
projetos digitais direcionados à leitura, livros e bibliotecas, participa de
mesa de debate. A Fenelivro conta ainda com a oficina literária de Raimundo
Carrero com inscrições gratuitas.
Embora
seja um evento abrangente e cosmopolita, com muitos convidados internacionais,
a Fenelivro busca ver o mundo com um olhar a partir da região Nordeste. Por
isso, o Nordeste é um tema permanente e constará também nas futuras edições da
feira.
Neste
primeiro ano, a abordagem se dá em torno dos 90 anos da publicação do Livro do
Nordeste, de Gilberto Freyre. A obra, publicada em 1925, lançava as bases para
o conceito do Nordeste como uma região com características culturais,
econômicas e sociais próprias.
Além de
um grande debate acerca da obra de Freyre, o Nordeste e a sua literatura serão
temas de discussões diárias. Serão realizadas as Nove Noites Nordestinas, sendo
cada uma delas dedicada a abordar a produção literária de cada um dos Estados.
Os
eventos relacionados aos dois grandes temas da Fenelivro ocupam as salas de
debate dentro do pavilhão do Cecon e no Teatro Beberibe.
A
Fenelivro conta ainda com um café literário, espaço que pretende reunir
escritores para um bate-papo informal. O público infantil tem uma área
exclusiva. Títulos, catálogos, contação de histórias estão disponíveis para a
criançada. A escritora mirim Alice Vitória, 11 anos, vem de Aracaju para
estimular os pequenos leitores. “Essa vai ser uma oportunidade de alimentar o
hábito da leitura nas crianças. As editoras estão com uma grande diversidade de
títulos, todos interessantes para estimular a leitura em família”, explica o
curador Evaldo Costa.
Além dos
debates, mesas-redondas, lançamentos e sessões de autógrafos, shows musicais
estão à disposição dos visitantes, gratuitamente. Uma noite de cantoria, para
marcar os cem anos de Louro do Pajeú, já está garantida.
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