O
Sabadinho Bom fecha o mês de agosto, neste dia 29, com dois veteranos do
chorinho que têm um pé no samba e o outro na valorização das raízes regionais.
As atrações são o grupo Oitavas no Choro e a cantora Cris Munhoz, acompanhada
do grupo Bem Brasil. As apresentações começam às 11h30 e seguem até as 16h, na
Praça Rio Branco, no Centro Histórico, com promoção da Fundação Cultural de
João Pessoa (Funjope).
Há seis
anos na estrada, o Oitavas no Choro vai apresentar músicas do seu último CD,
“Talentos do Chorinho Paraibano”, patrocinado pelo Fundo de Incentivo à Cultura
(FIC), acrescidas, como sempre, de um desfile de homenagens aos diversos
chorões nordestinos inscritos na tradição do gênero, como os paraibanos Sivuca,
Canhoto da Paraíba e Ratinho, os pernambucanos Rossini Ferreira, Capiba e
Luperce Miranda, o potiguar K-Ximbinho e o sergipano Luís Americano. “Vamos
mesclar choros mais clássicos e populares”, antecipa Cornélio Santana,
flautista e fundador do grupo. De sua lavra, tocará “Sábado” e “Recado”.
“Talentos
do Chorinho Paraibano” conta com a participação de Duduta e Seu Regional,
Manoel Cirne e Grupo, Sanbred Trio e Chorisso. O Oitavas nasceu da paixão
compartilhada entre amigos pelo estilo, cujo nome faz alusão a um intervalo
musical das partituras, que compreende as doze notas musicais fundadoras da
linguagem musical do Ocidente. Além de Santana, completam o grupo João Maria
(violão de sete cordas), Manoel Medeiros (cavaquinho) e André Oliveira
(pandeiro).
Cris
Munhoz – Sambista por vocação, a cantora Cris Munhoz será acompanhada nesta
apresentação pela banda Bem Brasil. Juntos, eles vão conduzir uma série de
homenagens aos grandes do samba-raiz e de gafieira, como Clara Nunes, Alcione e
Zeca Pagodinho.
Algumas
são “Deixa a Vida me Levar” (Zeca Pagodinho), “A Loba” (Paulinho
Resende/Juninho Peralva), “Brasileirinho” (Waldir Azevedo/Letra: Pereira
Costa), “Depois do Prazer” (Sérgio Caetano/Chico Roque), “Não Deixe o Samba
Morrer” (Edson Gomes da Conceição/Aloísio Silva) e “Verdade Chinesa” (Diogo Nogueira).
“O meu território é o samba, é o que me faz me sentir em casa. Espero que as
pessoas também se sintam assim com esta seleção que pretendemos apresentar”,
assina.
Cris,
que nasceu Erlaine Cristina, adotou o diminutivo para diferenciá-la de outra sambista
local, Helayne Cristini. Paulistana, é uma apaixonada declarada por João
Pessoa, onde mora há 38 anos. Tem duas participações em álbuns de Júnior do
Cavaco (“Bem Brasileirinho” e “Samba Arrocha”) e agora se prepara para lançar o
seu primeiro CD-solo, ainda em fase de gravação.
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