quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Priscila Cobra comemora o Mês do Carimbó com uma tour no Sudeste em setembro



De 06 a 24 de setembro, a multiartista paraense Priscila Cobra faz turnê independente no sudeste do país, com agenda no Rio de Janeiro e Niterói (RJ), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG).
As apresentações celebram o Mês do Carimbó que, desde 11 de setembro de 2014, é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural imaterial do Brasil e, a partir de então, tem se tornado mais conhecido, inclusive fora do Estado do Pará.

Os shows no Rio de Janeiro e Niterói (RJ), São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG) contam com parceria de grupos e artistas da comunidade ‘carimbozeira’ para celebrar o aniversário de patrimonialização do carimbó em cada localidade. No Rio, o grupo base da Cobra é o Carimbó da Pedra, tendo participações de outros artistas como Ton Rodrigues, Afrotelúricos, DJs Bôta, Tha Redig e Coletivo Novo Beco.

Em São Paulo, a parceria é com a roda aberta das Ykamiabas, Paulo Toro Açu, - que é do Quilombo do Abacatal (Ananindeua-PA) e também está indo para SP no intuito de divulgar seu trabalho de maneira independente -, e Gabi Luz, travesti indígena paraense, performer e atriz que protagonista do curta Flor de Mururé, atualmente mora em SP.

Em Belo Horizonte (MG), acontecem eventos programados com os espaços Flor de Jambu e Casa Cultural Nortista, com participação de Ana Luísa Cosse (Tutu com Tacacá).

Além desses grupos, coletivos e artistas, estão na equipe da Cobra Venenosa, Cris Salgado, maraqueira e documentarista; Hugo do Nascimento, artista visual e saxofonista; e João Souza, jovem negro que iniciou seu protagonismo com a Cultura Popular e carimbó na produção de conteúdo multimídia (redes sociais, fotos e vídeos) ao entrar em contato com o projeto Carimbó Cobra Venenosa.

As parcerias e eventos foram estabelecidas de maneira independente, com trocas criativas e sem patrocínio oficial. “Eu comecei a articular as agendas ainda no início do ano, quando consegui marcar minhas férias da CLT, e fui em busca dos possíveis encontros, reencontros e trocas com antigos e novos parceiros da resistência cultural para conseguir realizar essa turnê especial, sem grana, mas com muito afeto. Na bagagem os sonhos e coragem de sempre: ‘um tambor nas costas e uma ideia na cabeça’, com objetivo de pegar a estrada e viver o carimbó, meu estilo de vida e luta ancestral, divulgando e salvaguardando os fazeres e saberes da manifestação”, conta Priscila Cobra.

A agenda inclui, além dos shows, a venda e sessão de autógrafos do vinil Nova Era, que foi lançado em Belém (PA), em 2022. A Cobra Venenosa também faz exibições de obras audiovisuais dos últimos sete anos de produção multimídia envolvendo o Carimbó, produtos dirigidos e produzidos por ela e Marcos Corrêa. Entre eles, a série documental Vivências do Carimbó, em três episódios, lançada em 2023 com excelente repercussão local, estadual e nacional; além de oficinas (musicalização, dança e poética do Carimbó) e rodas de conversa.


TOUR SUDESTE @ PRISCILA COBRA

Rio de Janeiro

06/09 (Quarta)

A partir das 21h

Bar Dellas: Rua Pedro Ernesto, 5 - Gamboa

Entrada gratuita

Realização Coletivo Novo Beco

Priscila Cobra

Carimbó da Pedra

DJS Bôta e Tha Redig

Participação Ton Rodrigues


Niterói

07/09 (Quinta)

Bar da Déia - A Mulher que vira Peixe: Praia de Itaipu, 33 - Itaipu

Entrada Gratuita

A partir das 17h

Priscila Cobra & Carimbó da Pedra

Participação Afrotelúricos


08/09 (Sexta)

A partir de 17h

Rede Cria - Engenho do Mato: Praça do Engenho do Mato

Entrada gratuita

Exibição das obras: Vivências do Carimbó, Carimbó Raiz da Vida e Filha do Fogo e do Vento, seguido de roda de conversa com Priscila Cobra e Ana Rosa


09/09 (Sábado)

A partir de 15h

Atelier Bonifácio - Lapa: Rua do Senado, 47 - Sobrado

Bilheteria: R$ 15,00

Realização Preto Carimbó

Priscila Cobra

Carimbó da Pedra

Afrotelúricos

Participação Ton Rodrigues, Ugô e Cris Salgado



São Paulo

14/09 (Quinta)

A partir das 21h

Centro Cultural Afrika: Rua Major Diogo, 518 - Bela Vista

Bilheteria: R$ 15,00

Priscila Cobra & Roda aberta das Ycamiabas

Participação Paulo Toró Açu, Ugô e Cris Salgado 


16/09 (Sábado)

A partir de 20h

Aparelha Luzia: Rua Apa, 78 - Campos Elíseos

Entrada gratuita

- Exibição websérie Vivências do Carimbó e roda de conversa com Priscila Cobra e Marcos Corrêa


- Roda de Carimbó com Priscila Cobra & Roda aberta das Ycamiabas, participação Paulo Toró Açu & Gabi Luz, Ugô e Cris Salgado


17/09 (Domingo)

A partir das 17h

Centro Cultural da Diversidade: R. Lopes Neto, 206 - Itaim Bibi

Entrada Gratuita

Exibição do curta-metragem Flor de Mururé e da websérie Vivências do Carimbó com roda de conversa com Priscila Cobra, Marcos Corrêa e Gabi Luz

Roda de Carimbó com Priscila Cobra & Roda Aberta das Ycamiabas

Participação Gabi Luz, Ugô e Cris Salgado 


Belo Horizonte

22/09 (Sexta)

A partir das 19h

Casa de Cultura Nortista: Rua Iguassu, 38 - Concórdia

Entrada gratuita

Carimbó & Resistência: exibição websérie Vivências do Carimbó e roda de conversa com Priscila Cobra


23/09 (Sábado)

A partir das 10h

Flor de Jambu - Edifício Central: Avenida dos Andradas, 367 - Edifício Central

Vagas Limitadas; Inscrições R$ 50,00 por pessoa

Inscrições: no local ou no perfil Link 

Oficina Musicalização, Dança e Poesia voltada para o Carimbó Pau & Corda


24/09 (Domingo)

A partir das 14h

Casa Cultural Nortista: Rua Iguassu, 38 - Concórdia

Entrada R$ 10,0 (antecipada) R$ 20,0 (na hora)

Antecipados por WhatsApp: +55 31 7514-7541

Roda de Carimbó com Priscila Cobra

Participação de Cris Salgado e Ugô diretamente de Belém (Pará)

Convidadas: Ana Luísa Cosse, Viviane Cosse e Marina Araújo (Tutu com Tacacá) e Yolanda Ornellas (Grupo Aruanda)


SOBRE PRISCILA COBRA

Priscila Cobra é jornalista, mestra em Ciências Sociais, realizadora audiovisual, produtora cultural, e ‘carimbozeira’ afroindígena periférica. Atualmente, também está como delegada no Comitê Gestor do Plano da Salvaguarda do Carimbó Paraense, como representante eleita no III Congresso Estadual do Carimbó (2021). É protagonista (vocalista, compositora, tocadora) do grupo Carimbó Cobra Venenosa, que há mais de 7 anos faz música amazônica de raiz paraense, autoral e independente. O projeto possui um CD com 13 faixas (UFPA/PROEX/2019), parcialmente disponível no Youtube, e o vinil Nova Era, em 7” polegadas, com duas faixas (LP-SP/2022), disponível em todas as plataformas.

Criado em Icoaraci Belém (PA), território de efervescência do ritmo no Estado do Pará, o grupo tem atuado desde 2016 ocupando palcos diversos, desde ruas, praças, transportes coletivos, atos políticos, saraus e festivais locais, estaduais e nacionais. Com protagonismo multimídia na produção de conteúdo audiovisual envolvendo diferentes temas e atores do movimento do Carimbó no Pará e letras-manifesto, oferece ao público músicas com críticas a formas de opressão e mergulhadas em questionamentos sociais. “Música além dos ouvidos” se posiciona contra formas de injustiça, machismo e TransLGBTQIfobia. Priscila Cobra acredita na Arte e Comunicação como forças transformadoras, e seu trabalho está inserido em uma efervescente cena de carimbó urbano, nascido na periferia da Amazônia.

O trabalho visa disseminar uma vertente mais tradicional do carimbó, na composição instrumental pau & corda. É uma musicalidade que envolve os saberes tradicionais e seus mestres, aliando o tradicional ao moderno e com raízes na cultura negra, de resistência periférica. Traz ainda o apelo à conservação ambiental. E não só no discurso, nas composições e performances, também na utilização de instrumentos musicais fabricados por mestres de carimbó e feitos a partir da reciclagem e reaproveitamento de materiais como tubos de PVC, capacetes de moto, dentre outros.

Além de cantora, Priscila possui trabalhos em performance e direção audiovisual, foi premiada com Menção Honrosa na 29ª edição do Festival Mix Brasil – Cultura da Diversidade (SP/2021); na 1A Mostra CineMarias: corpo é território (ES/2022) e na Mostra Lugar de Mulher é no Cinema (BA/2023) pela co-direção do curta-metragem Flor de Mururé. Premiada no I Festival Zélia Amador de Deus de Cinema Periférico, com o videoperformance Manifesto Marielle Vive. Mencionada na lista das #25WebNegras de 2022 do projeto Blogueiras Negras. A 10ª edição da lista buscou reverenciar 25 mulheres negras, de diversas partes do Brasil, que atuaram e atuam na criação e manutenção de afrofuturos, além de homenagear 10 mulheres negras estrangeiras por seus feitos baseados nessa perspectiva.

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