Como forma de conscientizar a população e na busca pela igualdade de direitos, é celebrado nesta quarta (21) o Dia Internacional da síndrome de Down. A data, que é lembrada pelos países integrantes da Organização das Nações Unidas, serve como incentivo à qualidade de vida e desmistificação da síndrome.
A síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma alteração genética no cromossomo 21. Normalmente, uma pessoa possui 46 cromossomos divididos em 23 pares, mas os que apresentam a síndrome possuem três cópias do cromossomo 21, ao invés de um par. O diagnóstico, por sua vez, exige uma reorganização familiar, uma vez que, além das alterações físicas e maior propensão a desenvolver diversas patologias, as crianças também apresentam dificuldade no aprendizado e na habilidade motora.
“Não importa a raça ou a idade, a síndrome de Down pode ocorrer com qualquer pessoa. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a média é de um caso a cada 800 nascimentos. As principais consequências da síndrome são: a hipotonia, o comprometimento intelectual e o fenótipo (características como nuca espessa e olhos puxados). Ao contrário do que se imaginava, não existem níveis diversos de síndrome de Down, mas as pessoas têm desenvolvimento diferenciado e é comum acontecerem associações com déficit de atenção, distúrbios de conduta, e outros fatores”, explica a psicóloga do Hapvida Saúde, Joelina Abreu.
A especialista ressalta que há grupos, projetos e entidades em todo o país que visam auxiliar as famílias, dar o suporte necessário e informar a respeito da síndrome. Dessa forma, os pais e familiares podem trocar experiência, bem como recebem consultoria especializada para os cuidados com as crianças. Além disso, é recomendado que as famílias e as crianças mantenham acompanhamento psicoterapêutico para a melhoria da qualidade de vida e aprimoramento de habilidades.
“Hoje sabe-se que as pessoas com síndrome de Down podem ter uma vida praticamente normal, desenvolverem atividades profissionais, terem uma vida social e afetiva. Isso é o resultado da conscientização das famílias e também os avanços da medicina. Ao longo dos últimos anos, também surgiram instituições que oferecem apoio e são preparadas para receber pessoas com a síndrome. Até mesmo as doenças associadas, como a cardiopatia, são tratadas precocemente, o que aumenta a expectativa de vida”, esclarece a médica ginecologista Wanicleide Leite.
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