Programação
acontece na quinta (5) a partir das 19h com filmes, trilha sonora ao vivo, VJ,
show de Erasto Vasconcelos e feira de artes no Cine Olinda; equipamento está
fechado há mais de 40 anos
Realizada
em parceria com o movimento Ocupe Cine Olinda e o Ponto de Cultura Cinema de
Animação, o Cineclube CineRua#4: Sapo Cururu será na quinta (5), às 19h, ao
lado do Cine Olinda. O objetivo é questionar os descaminhos do Cine Olinda,
fechado para reformas há mais de 40 anos e estimular propostas para sua reativação.
Além da programação de cinema, haverá feira de arte, videomapping, trilha
sonora ao vivo e show de Erasto Vasconcelos. O acesso a todas as atividades é
gratuito, exceto o show "A Hora é Essa”, de Erasto Vasconcelos (com
Malícia Champignon), que será realizado no Bar Xinxim da Baiana com ingressos a
R$ 5.
Para
esta sessão especial foi preparado um programa especial de curtas que dialogam
com o sítio histórico e com o próprio Cine Olinda. Serão exibidos
"Bajado" (2015), de Marcelo Pinheiro, "Milagres" (2015), de
Adalberto Oliveira, "Os filmes que moram em mim" (2015), de Caio
Sales, "Resgate Cultural – o filme" (2001), “Mestre Nado: a terra, a
água, o fogo e o sopro”(2013), de Tila Chitunda, “Cotidiano” (1980), de Lula
Gonzaga, “Hospedeira” (2014), de Rita Carelli e “A vida noturna das igrejas de
Olinda” (2012), de Mariana Lacerda. Após a sessão, haverá debate com os
realizadores. O programa se completa com a exibição especial de “Noturno em
Ré-cife Maior” (1981), de Jomard Muniz de Brito, com trilha sonora ao vivo do
músico e compositor Johann Brehmer.
Antes da
sessão será lançado um manifesto pela volta do cinema, com reivindicações aos
governos municipal, estadual, IPHAN e demais instituições do poder público.
Conduzidas pelo Iphan, as obras do Cine Olinda encontram-se atualmente paradas
por falta de verbas e problemas com a empresa prestadora de serviço.
O nome
do evento evoca a memória da Mostra de Cinema Sapo Cururu, que teve duas
edições no Cine Olinda e foi criada na década passada para questionar a
curadoria do festival Cine PE. Trazendo a discussão para o tempo presente, o
cineclube se alinha politicamente à Associação Brasileira dos Documentaristas
(ABD-PE), que recentemente evidenciou em carta aberta a histórica ausência de
diálogo do Cine PE com o segmento audiovisual e problematiza a forma de
financiamento deste evento, que se utiliza de recursos estaduais via Empetur
pelo antigo sistema de ‘balcão’, enquanto os demais eventos de cinema se
submetem ao edital do Funcultura.
Histórico
- O Cineclube CineRua é a primeira ação continuada do movimento #CineRuaPE,
fundado no ensejo de reunir esforços, promover atividades, estratégias e a
conscientização da importância de se preservar os poucos cinemas de rua que
restam no Estado. As três primeiras sessões aconteceram em frente ao Teatro do
Parque, fechado para reforma desde 2010. Ao propor exibições periódicas até que
o Teatro do Parque seja entregue novamente à população, o cineclube pretende
manter viva a memória deste e outros cinemas de rua de Pernambuco.
Sobre o
cinema - O Cine Olinda iniciou seu funcionamento em 1911, como CineTheatro de
Variedades. Nos anos 1920, ganhou o atual nome. O artista plástico Bajado foi
funcionário, e cartazista no local. Funcionou até a década de 1970, sendo desapropriado
pela Prefeitura de Olinda em 1979. Há cerca de 14 anos o imóvel começou a
passar por reformas estruturais e até o momento não foi reaberto.
Programação:
19h
–Videomapping VJ Mozart + Feira de arte
20h -
Sessão de Curtas
Programa
1(76’)
"Bajado"
(PE, 2015, HD, doc, 19’), de Marcelo Pinheiro
“Cotidiano”,
(PE, 1980, Super8, experimental, 5’35’’), de Lula Gonzaga
"Resgate
Cultural - o filme" (PE, 2001, 16mm, fic, 20’), de Telephone Colorido
“Encantada”
(PE, 2014, HD, doc, 11’), de Lia Letícia
"Milagres"
(PE, 2015, HD, doc, 20’), de Adalberto Oliveira
Programa
2(65’)
"Mestre
Nado: a terra, a água, o fogo e sopro" (PE, 2013, HD, doc, 17’), de Tila
Chitunda,
“Hospedeira”
(PE, 2014, HD, fic, 12’), de Rita Carelli
"Os
filmes que moram em mim" (PE,2015, HD, fic, 14’), de Caio Sales
“A vida
noturna das igrejas de Olinda” (PE, 2012, HD, 19’), de Mariana Lacerda
Programa
3(35’)
“Noturno
em Ré-cife maior” (PE, 1981, Super8, cor, 35’), de Jomard Muniz de Brito
* Trilha
sonora ao vivo de Johann Brehmer
23h –
Show “A Hora é Essa”, de Erasto Vasconcelos (com Malícia Champignon)
Local:
Bar Xinxim da Baiana
Serviço:
Cineclube
CineRua
Quando:
5 de maio (quinta), às 19h
Onde:
Cine Olinda (Praça do Carmo – Olinda)
Entrada
franca
Informações:
99675-6252
Show de
Erasto Vasconcelos - “A Hora é Essa”(com Malícia Champignon)
Quando:
5 de maio (quinta), às 23h
Onde:
Xinxim da Baiana (Av. Sigismundo Gonçalves, 742 – Carmo)
Quanto:
R$ 5
Informações:
(81) 3439-8447
Informações
para a imprensa:
Priscila
Urpia - (81) 99617-6008
Sinopses
dos filmes:
"Bajado"
(PE, 2015, HD, doc, 19’), de Marcelo Pinheiro
Documentário
com diversas abordagens e interpretações da vida e obra do genial pintor
popular, Euclides Francisco Amâncio, que se autointitula “Bajado, um artista de
Olinda” e que por muitos anos foi funcionário e cartazista do Cine Olinda.
“Cotidiano
“, (PE, 1980, Super8, experimental, 5’35’’), de Lula Gonzaga
O futuro
do planeta é predestinado à fome e à violência?
"Milagres",
de Adalberto Oliveira
Documentário
investiga a relação de mulheres de gerações distintas com a Praia dos Milagres,
em Olinda. Através de depoimentos, material de arquivo e registros atuais, o
filme revela múltiplos olhares femininos e seus vínculos com o mar que, com o
avanço progressivo, fez daquela vila litorânea uma vítima histórica das altas
marés.
"Resgate
Cultural - o filme", de Telephone Colorido *sessão comemorativa de 15 anos
As
forças rebeldes são severamente reprimidas pelo batalhão de abafamento de
operações anti-bairrista ao sequestrarem o filósofo Ariano Suassuna.
“Encantada”
(PE, 2014, HD, doc, 11’), de Lia Letícia
A rainha
encantada vai retomar sua ilha.
"Os
filmes que moram em mim", de Caio Sales
Tenho
impressão de que certas imagens com as quais convivo são espécies de fissuras,
fendas que, apesar de desconhecer sua profundidade, não me resta escolha senão
a de atirar-me dentro delas.
"Mestre
Nado: a terra, a água, o fogo e sopro" (PE, 2013, HD, doc, 17’), de Tila
Chitunda,
Mestre
Nado nasceu em Olinda, Pernambuco, é oleiro de profissão, tendo se dedicado
especialmente à fabricação da quartinha de barro. Com a chegada das geladeiras
no sertão, o mercado para a quartinha de barro diminuiu muito (no auge da
profissão, Mestre Nado chegou a fazer cem quartinhas por dia). Foi quando
buscava transformar a quartinha em apito que descobriu a ocarina. Hoje
dedica-se à produção e comercialização destes instrumentos. Ele os executa
acompanhado por instrumentos de percussão, criados por ele e seus filhos.
“Hospedeira”
(PE, 2014, HD, fic, 12’), de Rita Carelli
Fazia-se
na floresta um trabalho secreto do qual ela começava a se aperceber.
“A vida
noturna das igrejas de Olinda” (PE, 2012, HD, 19’), de Mariana Lacerda
Quando
anoitece em Olinda.
“Noturno
em Ré-cife maior” (PE, 1981, super8, cor, 35’), de Jomard Muniz de Brito
Filme
flutuante do teatro ao cinema, interiores e exteriores, imagens dialogando com
a voz e a musicalidade de todos os tropicalismos. Colagens, citações, bricolagens,
memórias roubadas entre o nacional-popular e o internacionalismo pra-pular.
Sejamos, portanto, co-autores e espectadores assumindo em particípio presente –
escrevivendo, cinevivendo – nossas errâncias do vampirismo, dissipações,
paradoxos e polimorfismos.
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