terça-feira, 18 de abril de 2023

Presença da família é ponto chave na formação, desenvolvimento e acolhimento dos jovens



O papel da família é imprescindível e insubstituível no desenvolvimento de crianças e adolescentes. Além da formação e socialização, por meio dela são ensinados valores éticos e comportamentais. Os desafios que a sociedade tem vivenciado reforça o quanto é fundamental a presença e a proximidade desse elo em todas as fases da vida.

“Os pais não só são responsáveis pelo sustento e bem-estar físico, mas também pelo desenvolvimento cognitivo, emocional e social. A presença proporciona segurança, estabilidade, autoestima e influência nas escolhas e comportamento ao longo da vida”, explica o Diretor pedagógico do Colégio Salesiano Recife, Luiz Ventura.

Com o tempo escasso para conciliar trabalho e educação dos filhos, os pais precisam organizar a rotina para participarem mais de seu papel. “Estar disponível para escutar, sem estabelecer respostas precipitadas; nos momentos disponíveis, estar presente, ser um bom ouvinte, deixando a criança falar, expor suas ideias e sentimentos; aproveitar a hora de dormir, para conversar, saber do dia, como ela está se sentindo; respeitar e buscar compreender profundamente os sentimentos da criança, sendo compreensíveis e pacientes”, sugere Luiz.

Diversão fora das telas

Segundo pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), durante a pandemia da Covid-19, o uso de telas na adolescência aumentou mais de 240%. Este uso excessivo também se alongou para as crianças e adultos e os efeitos impactam a cognição, emoções, linguagem, comunicação e a socialização do indivíduo.

Para reverter este panorama, Luiz Ventura indica colocar limites a partir de negociação prévia e não abrir mão por motivos pequenos, e incluir momentos com a família. “Isso motiva! Planejar atividades em família, como passeios, jogos educativos, preparar lanche juntos, assistir filmes adequados a cada faixa etária, fazer a tarefa escolar com eles. Caso a criança vá jogar no celular, fazê-lo na presença dos pais ou junto com eles”, indica. Ele chama atenção para que os pais sejam exemplos, não apenas determinando, mas também abrindo mão de ficarem no celular.

A família deve proporcionar um ambiente seguro, acolhedor e estimulante através de brinquedos, livros, jogos educativos para estimular a criatividade e aprendizado. Já com os adolescentes, acompanhá-los em jogos, passeios, proporcionar momentos de lazer os trazem para mais perto. Isso além de criar uma rotina saudável com hora de dormir, de alimentação, estudo e de lazer, e de incentivar boas leituras para abrir espaços de conversa.

“É natural que na adolescência aconteçam oscilações no humor, isolamento social, momentos de tristeza, angústia. Esses acontecimentos devem ser monitorados pela família, com presença amiga e confiável, fornecendo apoio emocional e buscando ajuda profissional, caso haja necessidade. Além disso, é importante lembrar que cada pessoa é única e tem seus próprios desafios, maturidade e etapas próprias em cada fase do desenvolvimento, sendo assim as estratégias sempre serão diferentes para formar o indivíduo”, completa o Diretor pedagógico do Colégio Salesiano Recife.

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