Duda Beat, 33, estreou a música "Meu Pisêro", que também ganhou clipe, neste domingo (14). Trata-se da primeira canção do próximo álbum da cantora, que deve ser lançado ainda no primeiro semestre deste ano.
A julgar pela música de estreia, ela deve voltar a apostar
no "pop sofrência". Porém, com muitas influências, assim como em seu
primeiro álbum. "Hoje, com essa música, homenageio o piseiro com aquele
toque pessoal que sempre coloco no meu trabalho", afirma no material de
divulgação.
"Temos um país muito rico sonoramente", avalia.
"É uma felicidade para mim trazer tantas referências. Sou uma pessoa
eclética, não tenho nenhuma restrição. Estou sempre aberta a ouvir coisas
novas. E tudo influencia meu trabalho, claro. Meu processo de criação sempre passa
por mim, pelas minhas vivências. Não vou buscar inspiração lá longe, busco e
acho aqui dentro, nesse emaranhado que eu sou."
Sobre a música, ela disse que fala sobre o medo gerado pelo
amor. "Em 'Meu Pisêro', o assombro é o amor", explicou. "O amor
é o que assombra, que te acorda de noite, que te assusta e faz tremer. O fim de
um relacionamento, as faltas de resposta sobre o motivo de aquilo ter
acontecido, o que deu errado e o que poderia ter sido diferente."
"Mas, depois de tantas questões, você entende que tudo
bem também", disse a cantora. "Ninguém é obrigado a te amar, muito
menos a te amar como você deseja."
No clipe, dirigido por Cris Streciwick e com direção
criativa de Marcelo Jarosz, ela aparece em meio a referências a filmes de
terror e suspense. "A ideia foi trazer aquela heroína de filme que é
assombrada por algo", contou.
"Nessa perspectiva, flertamos visualmente com o
universo de 'Poltergeist', 'O Bebê de Rosemary', 'Suspiria' e também com
elementos presentes na obra de Brian de Palma para o gênero", adiantou.
"Mas como eu gosto de brincar e misturar tudo, tem também um certo humor
nas cenas."
Nas imagens, ela aparece com visual mais sóbrio do que na
fase anterior da carreira. "Me sinto mais dona da situação, e menos vítima
das minhas relações", revelou. "Eu amo moda e acredito que a gente
comunica muito por meio dela. Natural, então, que minhas roupas contassem
também essa história da minha mudança, do meu amadurecimento."
"Nesse clipe, é como se eu estivesse sendo assombrada
por mim mesma", continuou. "Encarei meus demônios, minhas várias
maneiras de ser eu. Esse primeiro momento tem um clima mais sombrio mesmo.
Usamos muitas lingeries, camisolas e roupas de ficar em casa. Tem um clima
vintage, porque isso sempre vai atravessar meu trabalho."
"E sempre vai ter babado (risos)", disse.
"Essa sou eu! Amo a musicalidade e a estética dos anos 80. Babados, laços,
e muito drama. Eu sou enfeitada porque gosto de enfeitar as coisas. A minha
música é um enfeite das situações."
As gravações foram feitas em apartamentos alugados.
"Fomos encontrando lugares cheios de história, texturas e memórias",
contou. "Armários com pertences deixados para trás, papéis de parede,
mobília... Tudo isso exalava ar misterioso que a gente tanto buscava e queria
imprimir visualmente."
"É aquela dúvida: o que será que se viveu dentro dessas
paredes, sabe?", prosseguiu. "Isso deu o tom da coisa para a gente, a
primeira sementinha. Aí mergulhamos nesse universo do suspense, do terror, dos
filmes B dos anos 70, 80."
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