quarta-feira, 28 de maio de 2025

Após musical, o filme Priscilla, a Rainha do Deserto ganha releitura no São João



A Quadrilha Junina Inovação, da zona sul de São Paulo, já tem seu grande enredo para as festividades juninas de 2025, e a promessa é de causar impacto com brilho, identidade e representatividade.
Inspirada no icônico Priscilla, a Rainha do Deserto, a quadrilha faz uma releitura nordestina da trama, incorporando drags e cangaço em uma história que marca o encontro das tradições com a contemporaneidade.


 


O presidente da quadrilha, o artista Deluck, é natural do Acre, drag queen na vida real e atualmente em gravações do filme Geni e o Zepelim, diz que a escolha do tema é também um aceno ao sucesso recente do musical Priscilla, que em 2023 celebrou os 30 anos do filme original nos palcos brasileiros com nomes como Reynaldo Gianecchini, Wallie Ruy e Diego Martins, aclamados por suas performances e pela força da mensagem de diversidade e liberdade.


 


“É uma história linda de resistência e que merece se reinventar. A ideia dessa releitura foi depois que eu e meu marido assistimos o musical, daí tivemos a ideia de contar inserindo o tempero do São João, e deu super certo. A um passo do São João, agora é se preparar para fazermos uma história linda”, disse Deluck, presidente da Junina Inovação.


 


Na adaptação da quadrilha, a história começa em Juazeiro do Norte, no Ceará. A jovem noiva Maria Antonieta (interpretada pela dançarina Branca Schafura) está se envolvendo com Romeu (Jonathan Santos), o noivo da quadrilha, mas enfrenta a oposição das famílias. A mãe de Antonieta decide enviá-la para São Paulo, para morar com o tio Bernardo, um homem "sério" e "rígido". O pai de Romeu, por sua vez, o envia para a casa de sua mãe, em Bodocó, no sertão de Pernambuco, para afastá-lo da moça.


 


Ao chegar na capital paulista, Antonieta descobre que seu tio Bernardo é, na verdade, a carismática drag Bernadete. Entre laços afetivos, segredos e muito humor, ela convence Bernadete a embarcar com ela em uma viagem de volta ao Nordeste para que ela possa reencontrar Romeu e celebrar seu casamento. O argumento definitivo? Promete à tia que ela poderá cantar os clássicos de sua musa Elba Ramalho na festa.


 


Elas partem no pau-de-arara batizado de Priscilla, que leva uma trupe de drags estrada afora. No caminho de volta ao sertão, passando por Sergipe (local marcado pela morte de Lampião e Maria Bonita) são interceptadas pelo cangaço, interpretados pelos dançarinos Kayro Almeida e Thaís Viana, criando o conflito da trama. Ao final da jornada, Maria Antonieta, enfim, chega a Bodocó e realiza seu tão sonhado casamento.


 


Ao adaptar Priscilla para o universo junino e nordestino, a Quadrilha Junina Inovação transforma o São João em um espaço ainda mais potente de expressão artística e inclusão. Um espetáculo que promete emocionar e levantar o público, celebrando a coragem de ser quem se é. Para assistir o espetáculo, siga a junina inovação nas redes sociais e acompanhe a programação (@juninainovacao).

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