segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Mudança nos hábitos alimentares é um dos pilares para o controle da diabetes



Dados da pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) apontam que a diabetes atinge cerca de 10,1% da população brasileira, colocando o país na quinta posição na lista de nações com maior incidência da doença no mundo.
Ela é caracterizada pela produção insuficiente ou má absorção da insulina, hormônio responsável por quebrar as moléculas de glicose (açúcar) presentes no sangue, transformando essas moléculas em energia. A diabetes tipo 1, na qual o sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina, acomete 5 a 10% dos diabéticos do país, enquanto a diabetes tipo 2, quando há deficiência ou resistência na secreção de insulina, atinge 90% dos diabéticos.


Relação com estilo de vida


A incidência de diabetes tipo 2 está fortemente relacionada ao estilo de vida não saudável, seja por conta do sedentarismo, sobrepeso, ou alto consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura. Por isso, um dos principais meios de controlar a doença, somado à prática de exercícios físicos regulares, é pela mudança dos hábitos alimentares.


De acordo com Camila Nunes, nutricionista e professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — o principal hábito que deve ser adotado pelos diabéticos consiste em evitar alimentos ricos em carboidratos refinados, como pães, massas, bolos e biscoitos industrializados. Tais alimentos devem ser substituídos por outras opções compostas por carboidrato integral e complexo, como frutas, legumes e verduras, macaxeira, inhame, batata doce, banana cozida e cuscuz. “Esses alimentos promovem uma sensação de saciedade e favorecem o controle do peso, auxiliando também no controle da glicose e aumentando a qualidade de vida do indivíduo” explica Camila.


A nutricionista ressalta que nem sempre é simples para o paciente realizar uma alteração radical nos hábitos alimentares, então é essencial analisar o que é sustentável para cada caso. “O x da questão está em começar com pequenos passos. Se o paciente afirma que não consegue de jeito nenhum introduzir o adoçante na vida dele, vamos tentar pelo menos reduzir a quantidade de açúcar utilizada.” Camila afirma que, no acompanhamento, é observada uma melhora no bem-estar do diabético, que estará apto a mudanças maiores nos hábitos alimentares.


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