O clique de ouro: conheça a rotina de fotógrafos esportivos e saiba como atuar nesse mercado

Os registros em eventos esportivos vêm gerando imagens icônicas, valorizando o esporte, os atletas e todos os torcedores que têm naquele frame um momento histórico da competição.

Para quem trabalha no ramo, a rotina intensa de deslocamento, a disputa pelo melhor ângulo e agilidade na entrega das fotos são alguns dos desafios a serem enfrentados. Apesar disso, o retorno pode ser generoso, como aconteceu com a foto do Gabriel Medina no ar durante o torneio de surfe, capturada pelo francês Jerome Brouillet, da AFP, que rendeu milhares de publicações na mídia, engajamento em redes sociais e parcerias lucrativas para o uso da imagem. William Silveira, especialista do curso de fotografia da EBAC (Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia), reúne experiência em diversos eventos esportivos mundiais e comenta sobre a rotina e dicas para quem deseja entrar na área. 

O número de fotógrafos cobrindo eventos esportivos mundiais é de aproximadamente 2.000, sendo que o credenciamento desses profissionais é extremamente rigoroso. Segundo Silveira, as chances de ter o credenciamento garantido aumentam consideravelmente se estiver trabalhando com os seguintes veículos ou grupos, por ordem de prioridade: agências internacionais de notícias, como AFP, Getty, AP, EP, REUTERS, etc., equipes de fotografia dos comitês nacionais, grandes jornais e grandes revistas de esporte ou importantes jornais locais. O credenciamento é feito com antecedência de aproximadamente quatro a seis meses e passa por uma triagem no setor de segurança dos jogos para evitar fraudes, terrorismo e roubos.

Após aprovação do credenciamento, durante a cobertura dos eventos, o profissional deve estar preparado para enfrentar outros desafios. O especialista explica que cada arena foi estudada e produzida para gerar a melhor imagem de cada competição, são estudadas as cores, comunicação visual, posição dos pontos predeterminados para fotografia, luz artificial e posição das arenas abertas em relação ao sol. Assim, a equipe de fotografia fica restrita a uma área, o que gera competição entre os profissionais pelo espaço e pelo melhor registro. 

Segundo Silveira, a constante movimentação entre arenas também é um desafio. Os profissionais costumam fotografar das 8h às 23h conforme a escala definida pelo editor. “O fotógrafo pode sair do judô, ir para o vôlei de praia, dar uma parada na esgrima e terminar a noite fazendo basquete. Costuma ser cansativo, imagine que cada fotógrafo carrega o peso dos equipamentos, às vezes um notebook, HD externos, cartões de memória, lanches, água, etc.”. Por conta da alta demanda, cada ponto de fotografia dispõe de cabos de rede ou acesso wi-fi, permitindo que o profissional fotografe com a câmera conectada e transmita para o escritório, que disponibiliza imediatamente as fotos para venda. 

O mercado tem espaço para abraçar diversos tipos de profissionais da área, com demandas para diferentes fins e a procura de bons talentos. A EBAC ministra um curso online de fotografia para amadores, profissionais da área, criadores de conteúdo e influenciadores que desejam dar um acabamento profissional para seu trabalho, oferecendo noções técnicas como equipamento, luz, enquadramento até o desenvolvimento pessoal da estética fotográfica, encerrando com um módulo dedicado ao fotojornalismo. 

“Seja para o fotojornalismo ou para qualquer outra especialização da área, para se destacar no meio é muito importante treinar na prática e ter um portfólio autoral rico. Se inspire em outros projetos, explore a criatividade em campo e naturalmente você perceberá as suas preferências e encontrará a sua marca.” finaliza Silveira. 

Sobre a EBAC 

A EBAC é uma instituição de ensino inovadora, que oferece mais de 150 cursos online, com foco em educação continuada e desenvolvimento de competências profissionais nas áreas de Design, Software, Programação & Data, Marketing, Audiovisual, Moda, Games e Negócios, além de uma série de iniciativas que preparam o aluno para a inserção no mercado de trabalho.