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| Foto: Divulgação |
Quem nunca
se arrependeu de ter passado a madrugada em claro, sabendo que teria
compromisso logo cedo? Isso porque o sono é parte essencial da nossa vida e
está diretamente relacionado ao rendimento dos nossos dias. Por isso, separei 5
frases comuns de ouvir dos meus pacientes para esclarecer alguns mitos do sono.
1) Eu não
consigo dormir cedo
Quanto
mais focamos num problema, maior ele fica, não é mesmo? Isso também serve para
a forma como lidamos com a dificuldade de iniciar o sono. Se formos para a cama
pensando que vai ser difícil dormir, é só nisso que nosso cérebro vai pensar.
Desta
forma, o ideal é praticarmos alguma atividade relaxante até que o sono venha.
Técnicas relaxantes para dormir podem ser:
Ler um
livro
Praticar
meditação
Escutar
uma música agradável
Escrever
um diário.
2) Quem
cochila é preguiçoso
Pelo
contrário. O cochilo, desde que não passe de 20 a 30 minutos, é muito saudável.
Ele ajuda a repor as energias no meio do dia e organizar as informações
recebidas pelo nosso cérebro.
Existem
vários estudos que demonstram o benefício destes descansos, pois trazem melhora
no raciocínio e na memória. Mas atenção: o cochilo não deve passar de 30
minutos, pois pode prejudicar o sono à noite.
3) Beber
café atrapalha o sono
É verdade
que a cafeína é antagonista dos receptores da adenosina, substância essencial
para que o sono se instale no cérebro. Por isso, na maioria das pessoas o café
consumido a noite altera, retarda ou tira o sono. Porém, em casos de cochilo,
um estudo espanhol avaliou o uso do café logo antes do cochilo após o almoço. O
café demora cerca de 20 minutos para ser absorvido e começar a estimular nosso
cérebro. O estudo concluiu que ficamos mais dispostos ao tomar um xícara de
café antes do cochilo pois o início do seu efeito coincide com a duração ideal
do cochilo, fazendo a pessoa voltar às atividades sem sonolência.
4) Eu
posso me acostumar a dormir menos
Situação:
Trabalho durante o dia, faço curso durante a noite e quero abraçar mais
milhares de compromissos. Posso me "acostumar" a dormir menos por
algum tempo? A resposta é não, o nosso organismo não se acostuma. Cada um de
nós tem um relógio biológico que determina o número de horas necessárias para
seu bom funcionamento. Se dormimos menos do que precisamos, o prejuízo se
reflete como queda de rendimento. Ficamos cansados com mais facilidade,
desanimados, estressados e mais distraídos. Nosso organismo tentará resgatar o
número de horas em vários momentos ao longo do dia, como após o almoço e ao
final da tarde, podendo gerar mais acidentes.
5) Vou
repor meu sono no fim de semana
O jet lag
social é um termo criado para se referir às pessoas que dormem poucas horas
durante a semana para dar conta de muitos compromissos, sejam profissionais ou
pessoais, e no final de semana tem tanto sono acumulado que passam 10 a 12
horas direto na cama.
Ele é,
portanto, uma falha de sintonia entre o número de horas de sono de que nosso
organismo precisa e o nosso estilo de vida. Está virando um hábito cada vez
mais comum, e pode iniciar já na adolescência.
Essa forma
de tentar se adaptar aos compromissos da semana não é recomendada pois altera
todo nosso metabolismo e a produção de hormônios. Precisa ficar claro para a
pessoa que deve encarar o sono como uma rotina, assim como se alimentar bem e
praticar exercícios. Muitas vezes esta pessoa precisa de ajuda médica para
regularizar estes hábitos.
6) Deus
ajuda quem cedo madruga
Através de
pesquisas genéticas hoje sabemos que existem os cronotipos. Cronotipos definem
o tipo da pessoa de acordo com o horário em que prefere dormir e o horário em
que é mais produtiva durante o dia. Existem 3 cronotipos:
- Os
matutinos gostam de dormir cedo e acordar cedo. São produtivos durante o dia,
em especial pela manhã
- Os
vespertinos gostam de esticar seu dia até a noite e dormir até mais tarde. Os
vespertinos costumam dizer que rendem melhor no final da tarde em diante, até
altas horas da madrugada
- Há
também as pessoas indiferentes, que se ajustam com mais facilidade às
necessidades externas, como se adaptar àquele curso novo que começa às 7h da
manhã, ou que vai até as 11h da noite.
Nossos
relógios também passam por algumas variações ao longo da vida. Isso é mais
notado na adolescência, quando tendemos para o tipo vespertino. A intensidade
dessa mudança varia conforme nossos genes e também referente o comportamento de
cada um. Se o adolescente for mais resistente aos conselhos dos pais e ficar à
noite toda assistindo TV, por exemplo, vai ter sérios problemas de desempenho
na escola.
Com base
nos cronotipos, sabemos então que cada pessoa tem uma carga genética que
determina o período onde desempenha melhor seu trabalho, não importando se ele
é de manhã, de tarde ou de noite. O que importa é a pessoa descobrir como seu
organismo funciona e que seu trabalho possa estar sincronizado com ele.
Fonte:
Minha Vida

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