No Brasil, mais de 160 mil pessoas morrem anualmente em
decorrência de cânceres causados pelo tabagismo, de acordo com dados do
Instituto Nacional do Câncer (INCA). Além disso, a Organização Mundial de Saúde
(OMS) estima que o tabaco é responsável pela morte de mais de 7 milhões de
pessoas em todo o mundo, sendo 890 mil fumantes passivos. Como forma de alertar
a população e prevenir contra o problema, nesta quinta (31) é o Dia Mundial sem
Tabaco.
O mote da campanha de prevenção desse ano é “Tabagismo e
Doenças Cardiovasculares” e a clínica geral do Hapvida, Martha Guimarães,
esclarece que é importante conscientizar a população para evitar o problema.
“Sempre procuro alertar aos meus pacientes sobre a importância de abandonar
esse mau hábito que, além do câncer, também pode causar doenças
cardiovasculares severas, levando à morte. O processo educativo e de orientação
deve ser iniciado ainda na fase escolar, para que as crianças e os adolescentes
de hoje não se tornem dependentes no futuro”, orienta.
A médica explica que normalmente o perfil de um fumante é de
uma pessoa com hipertensão, dislipidemia (alteração no nível de lipídios ou
lipoproteínas no sangue), sedentarismo, ansiedade e diabetes. “Por causa desses
fatores, há uma grande possibilidade de um acidente cardiovascular. Isso sem
deixarmos de mencionar patologias pulmonares, como Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC) e neoplasia maligna”, afirma.
Além disso, por causa da nicotina, o tabagismo é um problema
que causa dependência física e psicológica. Entre outros problemas, o consumo
do cigarro aumenta o triglicerídeo, reduz a quantidade do bom colesterol (HDL)
e contribui para bloquear o fluxo sanguíneo. “As substâncias químicas do
cigarro danificam as células que revestem os vasos sanguíneos e aumentam
significativamente o acúmulo de placas de gordura, além de causar o
estreitamento dos vasos sanguíneos, o que contribui, por exemplo, para os
infartos”, analisa Martha Guimarães.
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