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Recentemente, o mundo testemunhou o caso em que uma mãe foi acusada de abandonar o filho uma semana após o parto, quando descobriu que a criança era portadora da Síndrome de Down. Após o posicionamento da mulher, que negou o abandono, o que chama atenção são os inúmeros casos de preconceito que ainda existem. Como forma de conscientização sobre a síndrome e na busca pela igualdade de direitos, é comemorado neste sábado, 21, o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data é celebrada pelos países integrantes da Organização das Nações Unidas.
A Síndrome de Down, ou trissomia 21, é uma alteração genética causada por um cromossomo extra. Um ser humano normal possui 46 cromossomos divididos em 23 pares, os que apresentam a síndrome têm três cópias do cromossomo 21. Os portadores são facilmente identificados pelas características físicas semelhantes, que são olhos amendoados, palma da mão com apenas uma prega, membros mais curtos, menos tônus muscular e língua protusa.
O diagnóstico sempre causa muito impacto nos pais e na família, já que, além das alterações físicas e maior propensão a desenvolver diversas patologias, as crianças também apresentam dificuldade de aprendizado e falta de habilidade motora. Por isso, o tratamento precoce é a chave para ter qualidade de vida, como explica a terapeuta ocupacional do Hapvida Saúde, Fernanda Gomes. “O tratamento deve ser iniciado no primeiro mês, é o que chamamos de estimulação precoce.”
De acordo com Fernanda, para portadores da Síndrome de Down atividades simples do dia a dia, como escovar os dentes, abotoar a camisa ou comer sozinho, podem representar um grande desafio. Por isso, desde cedo, é importante que eles sejam acompanhados por um terapeuta ocupacional, que irá estimular a força muscular e habilidades motoras.
A estimulação é essencial durante os primeiros anos de vida de uma criança com Síndrome de Down e, muitas vezes, é crucial para o desenvolvimento de habilidades motoras e de comunicação. O resultado depende também do grau de comprometimento neurológico e o meio social em que a criança está inserida.
“Nenhum método terapêutico terá seu completo efeito quando realizado apenas em consultório”, alerta a terapeuta. Por isso, os pais devem realizar em casa exercícios indicados pelo profissional e utilizar objetos do dia a dia para potencializar o resultado das sessões.
Técnicas como o Pilates também contribuem para a melhor qualidade de vida dos portadores de Síndrome de Down. “Os exercícios de Pilates trabalham a força muscular, a correção postural, o equilíbrio, a respiração, a concentração e a coordenação motora, contribuindo para o reequilíbrio do corpo/mente do paciente. Tais benefícios podem melhorar muito a qualidade de vida de um portador de Síndrome de Down”, afirma a fisioterapeuta do estúdio Equilibra, Juliana Elias.
Mas, ela alerta para a importância de ser acompanhado por profissionais capacitados. “Ao procurar um estúdio de Pilates é importante checar se os profissionais são qualificados e preparados para lidar de forma lúdica e construtiva com o público portador de necessidades especiais”, alerta a fisioterapeuta da Equilibra.
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