A
distância do domicílio eleitoral não impediu que milhares de eleitores fossem
às urnas para escolher o próximo presidente do Brasil. De acordo com Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), nestas eleições, quase 80 mil eleitores solicitaram o
direito de votar em trânsito. Neste domingo, aqueles que se habilitaram para
votar fora do estado de origem também voltaram às urnas.
A
jornalista Caroline Ferraz elogiou a possibilidade de votar em trânsito.
Paulistana radicada em Brasília há seis anos, disse que soube da possibilidade
de votar mesmo estando fora do domicílio eleitoral pelo rádio. “Perdi o prazo
para transferir meu título e ouvi no rádio que havia possibilidade do voto em
trânsito. No primeiro turno, tive que viajar a trabalho e acabei tendo que
justificar. Mas agora consegui [estar em Brasília] e decidi participar. Acho
uma ótima iniciativa”, disse.
Como
Brasília é uma cidade que tem muitas pessoas de outros estados, a possibilidade
do voto em trânsito permite que quem realmente quer votar vote”, acrescentou.
A
estudante Gerssiany Nayara Calavtance, cujo título eleitoral é do Piauí, não
abre mão do direito de votar. "Moro em Brasília há quatro anos, mas não
mudei meu domicílio porque eu e minha família votamos lá, de vez em quando.
Além disso, as eleições são uma oportunidade de rever a família. Também estamos
decidindo ainda se ficaremos definitivamente aqui”, explicou Gerssiany.
A dona
de casa Divina de Fátima Santos Borges também optou pelo voto em trânsito.
“Tenho que exercer o meu direito”. Ela contou à Agência Brasil que tem “dupla
cidadania”, já que mora parte do ano em Brasília e parte do ano em Rondônia.
“Lá [nas últimas eleições] votei para prefeito e vereador. Aqui voto para
escolher o futuro presidente.”
No
Distrito Federal, 5.449 eleitores de outros estados se habilitaram para votar
em trânsito, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE). No primeiro turno,
90% deles votaram em uma das 15 urnas reservadas para esse tipo de voto.
Segundo
o TSE, em 91 cidades foram montadas seções para voto em trânsito, mas o eleitor
que opta por essa modalidade só pode votar para presidente. Maior colégio
eleitoral do país, São Paulo foi o estado que registrou mais pedidos de
eleitores interessados em votar fora do domicílio eleitoral. No segundo turno,
serão 17.591 eleitores que votarão em trânsito.
Ainda de
acordo com o TSE, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os estados
mais procurados pelos eleitores que votam fora de seu estado. Em São Paulo,
houve 23.393 pedidos de eleitores no segundo turno. Nestas eleições, o voto em
trânsito ocorreu pela primeira vez em cidades que não eram capitais. O critério
adotado foi o município ter mais de 200 mil eleitores, sendo que a seção
destinada à recepção do voto deverá conter no mínimo 50 e no máximo 600
eleitores. Fonte:
Agência Brasil
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