A velha
e a nova guarda do choro e do samba de João Pessoa se reúnem em apresentação na
próxima edição do Sabadinho Bom (15), às 11h30, na Praça Rio Branco.
As
atrações são o Clube do Choro, que acumula quase três décadas de estrada e
exaltação a um dos gêneros fundadores da música brasileira, e a sambista
Gabriella Villar, que com 27 anos, pode ter menos idade que os veteranos do
choro têm de carreira, mas acena com um futuro luminoso entre as apostas da
nova geração.
Clube do
Choro – Fundado em 1985, o Clube do Choro firmou-se como um dos grupos mais
consolidados na disseminação do gênero pelo Estado. Seus integrantes,
aguerridos, lutaram contra inúmeras adversidades, entre as várias mudanças de
sede que por vezes roubaram-lhes o ânimo. “Quando começamos a ensaiar, na
antiga sede da Ordem dos Músicos do Brasil, na Avenida 13 de Maio, apostávamos
que seria uma parceria para sempre. A Ordem se mudou para a (avenida) Pedro II
e fomos com ela, mas vimos esmorecer o interesse pelo chorinho. Daí, resolvemos
nos separar e voltar para a nossa antiga sede”, relata Eunice Dias, a cantora.
O novo
antigo endereço, uma casa de número 690 ao lado do Hotel Guarany, serve de
segundo ponto de parada para os amantes do chorinho para uma aparesentação todo
sábado, às 17h30, depois do Sabadinho Bom. É lá que os músicos se reúnem para
repassar clássicos de Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Cartola, Waldir Azevedo,
Paulinho da Viola, Alcione e “o que mais a plateia pedir”, como diz dona
Eunice. Para a performance do sábado sobem ao palco Eunice Dias (voz e afoxé),
Barroso (percussão), Luiz (violão de sete cordas), Fernandes (violão de seis
cordas) e Mazinho (cavaquinho).
Gabriella
Villar – Com o novo show, “Na Cabeça do Samba”, a sambista Gabriella Villar
pretende adicionar mais “peso” e um acento jazz à sua banda, agora com baixo e
bateria. O repertório também somou as estrelas da nova geração, Maria Rita e
Roberta Sá, sobre cujos sucessos Gabriella fará versões – mesmo sem abandonar a
referência à velha guarda de Adorinan Barbosa, Noel Rosa, Dona Ivone Lara e
Paulinho da Viola.
Com 5
anos de carreira, Gabriella começou na MPB para abraçar o samba logo em
seguida. Em 2009, fundou o grupo Tom do Samba e em 2012 partiu para a
carreira-solo. Hoje é uma das mais promissoras apostas locais do estilo, e está
vendo a sua estrela brilhar em apresentações por São Paulo, onde planeja gravar
este ano o CD “Na Cadência do Samba”, com músicas dos compositores paraibanos
Kojak do Banjo, Potyzinho Lucena, Chico Limeira e Ridalvo Albert.
Entre os
sambas que serão interpretados neste sábado estão “Falsa Baiana” (Geraldo
Pereira), “Samba pras Moças” (Roque Ferreira), “Foi um Rio que Passou em Minha
Vida” (Paulinho da Viola), e “Tiro ao Álvaro” (Adoniran Barbosa). “Não posso
variar muito em torno do tema, senão perco o meu público”, brinca.
A
artista está se formando em Música pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB),
e passa as horas vagas estudando violão e cavaquinho. Gravou um EP “Na Cabeça
do Samba”, ainda não lançado, que pode ser ouvido pelo site
https://soundcloud.com/gabriella-villar.
Vão
tocar com Gabriella Kojak do Banjo (cavaquinho), Luiz Umberto (violão), Gilson
Machado (bateria), Poty Lucena (baixo), Clevaldo Rodrigo (sopros), Gerlane
Cavalcanti, Lucas Cavalcanti e Helayne Borba (backing vocals).
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