O bloco carnavalesco Eu Acho é Pouco
anunciou a estampa em comemoração aos 41 anos, completados em 2018.
De acordo com publicação no Facebook a arte é uma criação do
designer e pintor David Alfonso. Cubano de nascimento, radicado no
Brasil há uma década, David concebeu uma versão contemporânea da
figura mitológica da Medusa. “Na mitologia, ela é uma donzela
estuprada por Poseidon, Deus dos mares. A deusa Atena, sabendo que
Medusa foi estuprada, decidiu puni-la, desterrando-a para uma ilha e
convertendo-a em um monstro com serpentes no lugar dos cabelos. Isso
me lembrou muito da luta atual da mulher em um contexto de
feminicídios e estupros. Medusa era uma vítima e, no final, foi
punida, como são muitas vítimas nesse contexto de feminicídios e
estupros”, destaca David.
A arte surge a partir da frase
estampada no verso - “Preconceito é uma arma que mata.
Desarme-se”. Essas palavras foram pensadas pelo publicitário
Fernando Lima e traduzem o estado de espírito de um bloco que, desde
1977, sai em defesa da democracia e da liberdade de cada um poder ser
e amar quem quiser. “A crise e o caos não são apenas políticos.
Há uma questão de valores e de identidade. O bloco, mais uma vez de
maneira pioneira, tem capacidade e coragem de levantar bandeiras.
Além de uma camiseta carnavalesca, vamos estar vestindo uma causa”,
diz Fernando.
Atenção: as camisas custam R$ 40,00 e
podem ser compradas, por hora apenas em DINHEIRO, na Casa Rosa, loja
principal da super parceira Trocando em Miúdos (Rua Ferreira Lopes,
129, Parnamirim). Nesse primeiro momento, estão à venda somente
camisas na cor amarela. E preste atenção nos novos modelos, sem
amarras de gênero. Em 2018, depois de completar quatro décadas de
folia, o Eu Acho é Pouco segue na crença de que quebrar parâmetros
é essencial para romper com a estrutura de preconceito. Afinal, como
bem diz David Alfonso, “a Medusa somos nós, é a sociedade, não
podemos nos dissociar disso tudo e temos que nos respeitar”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário