domingo, 25 de dezembro de 2016

Saiba o que fazer antes e depois de ingerir bebida alcoolica nas festas de fim de ano

Foto: Divulgação
Uma dose a mais e no dia seguinte lá está ela. Dor de cabeça, náuseas, vômitos, sede, tontura, indisposição e diarreia são alguns dos sintomas da ressaca. “Isso acontece porque o álcool, quando ingerido em excesso, é uma substância tóxica para o organismo”, explica o clínico geral Alex Botsaris. Dificilmente todos os sintomas aparecem de uma vez, mas é raro alguém exagerar na bebida e não sentir nada no dia seguinte. “O álcool causa uma inflamação aguda no estômago e agride o fígado, gerando enjoo, vômito e mal estar. O sistema nervoso também é afetado, então surge a dor de cabeça”, conta Alfredo Salim Helito, clínico geral do Hospital Sírio-Libanês. A única forma de não ter nenhuma ressaca é não beber grandes quantidades, porém algumas medidas simples podem ajudar a melhorar os sintomas. Confira as dicas dos especialistas.



Invista em alimentos integrais 
O álcool é corrosivo para a mucosa do estômago, por isso esse órgão precisa de uma atenção extra. “Arroz e pão integrais ajudam a proteger o estômago. Então, é ideal que sejam consumidos com frequência. Esses alimentos também ajudam a acelerar a recuperação depois que a pessoa bebeu”, defende o médico do Hospital São Camilo Sidney Federmann, especialista em alimentos funcionais.

Beba com estilo 
A primeira orientação é fugir das bebidas de má qualidade, especialmente se forem destiladas. De acordo com Botsaris, os álcoois de cadeia média e aldeídos presentes nesse tipo de bebida aumentam muito a toxidade do álcool e causam mais danos ao fígado, cérebro e outros órgãos. “Nas bebidas de qualidade a parte inicial e final da destilação são separadas e descartadas. Quando uma pessoa ingere uma bebida mal destilada, ingere substâncias tóxicas que causam uma ressaca muito mais severa”, explica ele. Então, quando se trata de produtos má qualidade, os sintomas podem aparecer mesmo quando você ingere poucas quantidades.

Não misture 
Essa máxima vale de verdade! Cada bebida alcoólica tem um processo de fermentação e utiliza substâncias diferentes. “Ao beber diversos tipos de bebidas você também está misturando esse tipo de substância”, afirma Helito.  Segundo Botsaris, isso pode potencializar o efeito negativo da bebida, mesmo quando a quantidade foi pequena. “Geralmente a toxidade é proporcional ao número de substâncias que a pessoa ingere. Por isso, quem mistura bebidas costuma passar mais mal e se recuperar mais lentamente”, justifica ele.

Invista em hidratação 
A água é sua melhor amiga no combate à ressaca. “As moléculas de água formam complexos chamados de azeotropos com o álcool, que resulta num efeito como se as moléculas de álcool fossem sequestradas”, diz Botsaris. Outro benefício é que ela ajuda na eliminação do álcool pela urina. Segundo ele, o ideal é beber de 4 a 6 copos de água enquanto está consumindo quantidades de álcool maiores que as habituais. Consumir água imediatamente antes ou depois de beber também auxilia na redução da toxicidade do álcool. Isso significa que não adianta beber um litro de água antes de dormir. Se você não se hidratou durante a noite, a ressaca vai aparecer no dia seguinte.

Lembre-se que saco vazio não para em pé 
“O que mais ajuda antes do primeiro gole é comer, em especial uma comida rica em amido e vegetais”, atesta Botsaris. Segundo Helito, quanto menos comida haver no organismo mais rápida e mais eficiente será a absorção de álcool, aumentando o mal estar. Em seguida é a vez de o fígado ser agredido. “O ideal é se alimentar também enquanto ingere álcool, especialmente alimentos com glicose. Além disso, é recomendável revezar a bebida alcóolica com outros líquidos como água ou refrigerante. Assim, a pessoa protege o organismo, elimina o etanol mais rapidamente e acaba bebendo menos”, recomenda Helito. Por isso, nunca beba de barriga vazia!

Atenção aos remédios 
Alguns medicamentos são vendidos com a promessa de evitar a ressaca. Porém, isso não funciona bem assim. “Geralmente eles são remédios analgésicos, mas trabalham apenas para diminuir alguns sintomas, eles não evitam a agressão ao organismo”, explica Federmann. Os medicamentos com aspirina também não são uma boa, já que irritam o estômago e o intestino. “Além disso, a duração do efeito da aspirina é de quatro horas, assim quando a pessoa precisa do efeito analgésico, ela já cessou”, complementa Botsaris. Outro alerta feito por Helito é em relação aos produtos que prometem proteger o fígado quando ingeridos no dia seguinte à bebedeira, pois eles também são capazes apenas de diminuir sintomas. Fonte: Terra

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