Quem vai nos explicar sobre o assunto é o Mestre conceituado
Professor Drº João Batista Rodrigues de Albuquerque, Enfermeiro Especialista em
UTI.
A esclerose lateral amiotrófica, ou ELA, é uma doença das
células nervosas do cérebro e da medula espinhal que controlam o movimento
voluntário dos músculos. A ELA também é conhecida como doença de Lou Gehrig.
Causas
Em cerca de 10% dos casos, a ELA é causada por um defeito
genético. Nos demais casos, a causa é desconhecida.
Na ELA, as células nervosas (neurônios) se desgastam ou
morrem e já não conseguem mais mandar mensagens aos músculos. Isso finalmente
gera enfraquecimento dos músculos, contrações involuntárias e incapacidade de
mover os braços, as pernas e o corpo. A doença piora lentamente. Quando os
músculos do peito param de trabalhar, fica muito difícil ou impossível respirar
por conta própria. Não existem fatores de risco conhecidos, exceto ter um
membro da família que tenha a forma hereditária da doença.
Exames
O exame físico de força mostra fraqueza, muitas vezes começando
em uma área. Pode haver tremores, espasmos e contrações musculares, ou perda de
tecido muscular (atrofia). Atrofia e contrações involuntárias da língua são
comuns.
A pessoa pode ter um jeito de andar rígido ou desajeitado.
Os reflexos são anormais. Há mais reflexos nas articulações, mas pode haver
perda do reflexo faríngeo. Alguns pacientes têm problemas para controlar o
choro ou o riso. Isso às vezes é chamado de "incontinência
emocional".
Possíveis testes incluem:
- · Exames de sangue para descartar outras doenças· Teste respiratório para verificar se os músculos do pulmão foram afetados· Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da coluna cervical para garantir que não exista uma doença ou lesão no pescoço, que pode ser semelhante à ELA· Eletromiografia para ver quais nervos não funcionam corretamente· Teste genético, se houver um histórico familiar de ELA· Tomografia computadorizada ou ressonância magnética da cabeça para excluir outras doenças· Estudos de condução nervosa· Testes de deglutição· Punção lombar
Sintomas de Esclerose lateral amiotrófica
Os sintomas geralmente não se desenvolvem até depois dos 50
anos, mas podem começar em pessoas mais novas. As pessoas com ELA têm uma perda
gradual de força e coordenação muscular que finalmente piora e impossibilita a
realização de tarefas rotineiras como subir escadas, levantar-se de uma cadeira
ou engolir. Os músculos da respiração e da deglutição podem ser os primeiros a
serem afetados. Conforme a doença piora, mais grupos musculares podem
manifestar problemas.
A ELA não afeta os sentidos (visão, olfato, paladar, audição
e tato). Ela raramente afeta o funcionamento da bexiga ou dos intestinos, ou a
capacidade de pensamento e raciocínio de uma pessoa.
Os sintomas incluem:
- · Dificuldade para respirar· Engasgar com facilidade· Babar· Gagueira (disfemia)· Cabeça caída devido à debilidade dos músculos do pescoço· Cãibras musculares· Contrações musculares chamas fasciculações· Normalmente afeta primeiro uma parte do corpo, como o braço ou a mão· Posteriormente resulta na dificuldade de levantar objetos, subir escadas e caminhar· Paralisia· Problemas de dicção, como um padrão de fala lento ou anormal (arrastando as palavras)· Alterações da voz, rouquidão· Perda de peso
Buscando ajuda médica se:
- · Tiver sintomas de ELA, principalmente se tiver um histórico familiar da doença· Maior dificuldade de deglutição, dificuldade para respirar e episódios de apneia são sintomas que requerem atendimento imediato.
Tratamento de Esclerose lateral amiotrófica
Não há cura conhecida para a ELA. O primeiro tratamento para
a doença é com um medicamento chamado riluzol. O riluzol reduz a velocidade de
progressão da doença e prolonga a vida.
Fisioterapia, reabilitação, uso de órteses ou de uma cadeira
de rodas ou outras medidas ortopédicas podem ser necessárias para maximizar a
função muscular e o estado de saúde geral.
A asfixia é comum. Se desejarem, os pacientes podem optar
pela colocação de um tubo direto ao estômago para a alimentação. Isso é chamado
de gastrostomia.
A participação de um nutricionista é muito importante. Os
pacientes com ELA tendem a perder peso. A própria doença aumenta a necessidade
de ingestão de alimentos e calorias. Ao mesmo tempo, os problemas de deglutição
podem fazer com que seja difícil comer o suficiente.
Os dispositivos respiratórios incluem máquinas usadas
somente durante a noite e ventilação mecânica constante.
Os pacientes devem manifestar suas próprias opiniões quanto
ao uso de ventilação artificial para suas famílias e os médicos.
Convivendo (prognóstico)
Expectativas
Com o tempo, as pessoas com ELA perdem progressivamente a
capacidade funcional e de cuidar de si mesmas. O óbito em geral ocorre dentro
de 3 a 5 anos após o diagnóstico. Cerca de 25% dos pacientes sobrevivem por
mais de 5 anos depois do diagnóstico.
Complicações possíveis
- · Aspiração de comida ou líquido· Perda da capacidade de cuidar de si mesmo· Insuficiência pulmonar. Consulte: Síndrome do desconforto respiratório agudo· Pneumonia· Escaras (úlceras de pressão)· Perda de peso
Prevenção
· Pode ser recomendável o aconselhamento genético
se você tiver um histórico familiar de ELA.
Fontes e referências: Feldman EL. Amyotrophic lateral sclerosis and other motor
neuron diseases. In: Goldman L, Ausiello D, eds. Cecil Medicine. 23rd ed. Philadelphia,
Pa: Saunders Elsevier; 2007:chap. 435.
As informações aqui fornecidas não poderão ser usadas
durante nenhuma emergência médica, nem para o diagnóstico ou tratamento de
doenças. Um médico licenciado deverá ser consultado para o diagnóstico ou
tratamento de todas as doenças. Alerta o professor da disciplina de UTI João Rodrigues
muito bom
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