Todos os anos, mais pessoas morrem como consequência do suícidio do que por complicações de doenças como HIV, câncer de mama, malária, guerras ou homicídios, conforme aponta a OMS. “Estamos vivendo um momento em que as pessoas estão adoecidas com depressão e ansiedade e isso pode evoluir para um pensamento recorrente de finitude. Eventos traumáticos podem desencadear uma reação neuroquímica que, no dia a dia, vai crescendo e se transformando em uma tristeza profunda e melancolia, e a pessoa começa a não querer mais estar no convívio social e a não sentir mais vontade de fazer suas atividades de rotina. Isso se torna um movimento patológico quando impede de realizar as atividades laborais e é neste momento que se deve buscar ajuda com um psicólogo”, explica o neuropsicólogo Carol Costa, do Sistema Hapvida.
Quase todos os casos de suicídio estão relacionados a doenças mentais, como a depressão, principalmente quando não são diagnosticadas ou tratadas corretamente. “A depressão não aparece de forma repentina. Aos poucos, a pessoa começa a emitir sinais como isolamento social, discurso de finitude, falta de higiene, mudanças no modo de vestir, diminuição ou aumento de apetite e desprezo pelas atividades que antes eram interessantes. Nem sempre ela percebe, mas é importante que a família esteja atenta e, ao identificar os sinais, incentive a busca pelo apoio psicológico com profissionais, oferecendo também um suporte emocional”, aponta o psicólogo.
“A melhor forma de prevenir o suicídio e as doenças mentais é falar sobre o tema e é para isso que o Setembro Amarelo serve. É importante que qualquer pessoa busque um acompanhamento terapêutico para aprender a se autoconhecer. Isso ajuda a viver melhor. Além disso, deve-se buscar praticar esportes com frequência, manter uma rotina que inclua atividades prazerosas e ter um estilo de vida saudável. Isso não vai impedir que as fases ruins da vida aconteçam, mas vai ajudar a lidar melhor com elas, afinal, saúde mental é saber lidar bem com as adversidades e lembrar que a vida sempre será a melhor escolha”, enfatiza o neuropsicólogo Carol Costa.
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