Na obra, Jean Patrício Silva promove um debate sobre um dos períodos mais polêmicos da história do Brasil, quando Getúlio Vargas governou o país por 15 anos consecutivos. Ele discorre sobre as composições políticas da Paraíba na primeira metade da década de 1940 e que deram origem à formação do antigo Partido Social Democrático (PSD), agremiação da qual Ruy Carneiro, interventor na Paraíba nomeado por Vargas, foi líder até a sua extinção em 1965.
Em suas páginas, o livro também oferece um panorama da crise econômica em que o Estado da Paraíba vivia no início dos anos 40, no contexto da segunda guerra mundial e da grande seca de 1942, assim como as tentativas de superação destas crises durante a gestão de Ruy Carneiro.
No mesmo evento, também será lançado o livro “Três homens chamados João — uma tragédia em 1930”, da escritora pernambucana e membro da Academia Recifense de Letras, Ana Maria Ventura de Lyra e César. A publicação resgata o drama de João Pessoa, assassinado pelo adversário político João Dantas, que foi morto na Casa de Detenção do Recife; e a morte de João Suassuna, acusado de cumplicidade no homicídio do então governador da Paraíba, vice na chapa de Getúlio Vargas à presidência da República pela Aliança Liberal. Os desdobramentos deste episódio levaram à deflagração da Revolução de 30.
Em linguagem diferenciada, a autora analisa os antecedentes da tragédia, a partir dos fatos, e mostra a ação do tempo no apaziguamento das paixões desenfreadas que os moveram. O livro pode ser entendido como homenagem aos “joões”, vértices de três triângulos, unidos e indissociáveis, e às vítimas inocentes que foram alcançadas pela voracidade dos acontecimentos, Augusto Moreira Caldas e Anayde Beiriz.
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