Uma das
mais tradicionais expressões culturais da região amazônica, o carimbó do Pará
foi declarado nesta quinta-feira (11) Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
O anúncio oficial ocorreu em uma cerimônia realizada no Centur, em Belém, que
contou a presença da ministra da cultura, Marta Suplicy.
O
carimbó é um ritmo paraense famoso pela batida do tambor chamado
"curimbó". A manifestação cultural envolve passos característicos de
casais de dançarinos, que usam um figurino que chama atenção pelas saias
rodadas das mulheres, sempre com estampas vibrantes. A música e a dança são
marcadas pela batida dos tambores, instrumentos de cordas como o banjo e também
chocalhos.
“O
carimbó é uma manifestação que tem capilaridade no Pará, mas que agora não será
mais só do Estado, e sim, do Brasil todo. Com a chancela de hoje, temos como
gestores a obrigação de manutenção e preservação desse bem cultural. O próximo
passo é levar para apreciação na Unesco para ter uma chancela internacional,
como foi feito como frevo”, assegurou a titular do MinC.
A
decisão pelo registro foi aprovada por unanimidade em votação oficial ocorrida
na manhã desta quinta, durante reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio
Cultural, vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), em Brasília.
O
tocador de curimbó Manoel Ferreira Coelho ficou emocionado com o anúncio.
Natural de Marapanim, o senhor de 74 anos conta que aprendeu a batucar com os
tios, e acredita que agora a dança poderá ganhar destaque nacional. "É uma
alegria ver que o ritmo que representa a cultura do estado agora pode ser
conhecido em todo o país", disse.
Isaac
Loureiro participou da campanha pelo registro do Carimbó como Patrimônio
Cultural Imaterial do Brasil. Ele disse que o reconhecimento beneficia músicos
e artesãos. "São 200 anos de espera por essa inclusão, pelo reconhecimento desse ritmo que insiste em se
manter vivo no batuque dos mestres, no trabalho dos artesãos. O carimbó
expressa a força da nossa identidade e da nossa cultura como povo da
Amazônia", conclui. Fonte:
G1
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