sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Mercado de seguros retornou à sociedade mais de R$ 219 bilhões em 2022



Setor teve o melhor dezembro da história em 2022, tanto em termos de pagamento de indenizações benefícios, resgates e sorteios quanto de demanda

O ano de 2022 foi marcado pela maior procura por produtos oferecidos pelas seguradoras, o que refletiu no aumento da arrecadação e no pagamento das indenizações, resgates, benefícios e sorteios pelo setor. Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostram um aumento no pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios (sem Saúde e sem DPVAT), que somaram mais de R$ 219,4 bilhões em 2022, volume 15,5% superior a 2021. Ao comparar apenas dezembro, o total pago no último ano foi 5,2% maior, totalizando a quantia de R$ 18,9 bilhões, cifra histórica para o mês.

O levantamento da CNseg também destaca que, em 2022, o setor viu a demanda avançar em 16,2% em relação ao ano de 2021, com mais de R$ 355,9 bilhões em arrecadação (sem Saúde e sem DPVAT). Somente em dezembro, esse montante foi de R$ 33,7 bilhões, outro resultado histórico para o mês, sendo 8,5% maior do que no mesmo período de 2021.

Para o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, os dados mostram uma tendência de crescimento mais equilibrado. “O ano foi muito positivo. As indenizações cresceram em linha com a arrecadação, mantendo assim um mercado saudável”, enfatiza. No ano, os ramos que tiveram maior aumento na procura foram:  Viagem (166,7%, com R$ 1 bilhão), Rural (+39,5%, com R$ 13,4 bilhões), Automóvel (+32,9%, com 50,9 bilhões) e Transportes (+25,1%, com 5,4 bilhões).

Para o presidente do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne), Ronaldo Dalcin, os números de 2022 reforçam a importância do mercado segurador para a economia e a sociedade, principalmente no que se refere aos volumes pagos em indenizações, benefícios, resgates e sorteios. Ainda segundo o executivo, os números por produtos de seguro estão de acordo com o movimento de retomada econômica no pós-pandemia.

“O crescimento do Seguro Viagem era esperado, a partir do momento em que as medidas de isolamento fossem flexibilizadas e as pessoas voltassem a viajar. O Segmento Rural também se destacou muito por causa das questões relacionadas ao clima que estamos observando. Chuva, granizo, vendavais etc. Então isso acaba sendo um propulsor para a população procurar um esteio securitário para esse tipo de situação”, explica Dalcin.

Sobre os resultados do Seguro Transporte, o presidente do Sindsegnne também considerou como um reflexo do pós-pandemia. “A economia realmente voltou a girar e nosso principal modal no Brasil é o transporte rodoviário. Cada vez mais as mercadorias estão circulando por nossas estradas e isso obviamente tem um impacto específico também nessa carteira de seguro”, finaliza.

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