Retirar o glúten da alimentação faz parte da dieta restritiva não apenas dos celíacos, mas de pessoas que pretendem desinchar e emagrecer. No entanto, um estudo realizado pelo pesquisador Geng Zong, da Universidade de Harvard, afirma que que as dietas sem glúten aumentam as chances de desenvolvimento da diabetes tipo 2. A pesquisa indica que o risco eleva em 13% quando o consumo diário de glúten é inferior a quatro gramas.
A nutricionista do Hapvida em Campina Grande, Iraci Sabino, explica que o glúten age na elasticidade e, quando retirado, pode estimular a inflamação do intestino, favorecendo a elevação da glicose no sangue. “O não consumo, quando não há a doença celíaca, aumenta o risco de descontrolar a glicemia, além de prejudicar a absorção de minerais e vitaminas”, esclarece.
Composto de proteínas encontrado na farinha de trigo, centeio, malte, cevada, aveia, o glúten é hoje considerado um dos principais vilões da alimentação, mas ainda não há estudos que comprovem os benefícios, a longo prazo, de uma dieta sem glúten. Entre os praticantes de atividades físicas, por exemplo, é comum a restrição. Porém, a nutricionista afirma que por serem carboidratos de absorção rápida, deveriam ser consumidos de 30 a 60 minutos antes do treino e também depois para auxílio da manutenção energética do corpo.
De acordo com Iraci Sabino, a restrição total pode alterar a microbiota intestinal, além de reduzir o número de bactérias benéficas do organismo. “Deve-se manter um equilíbrio nas porções para que a alimentação seja saudável mesmo com a ingestão de glúten, pois a sua falta poderá implicar no surgimento de problemas como a diabetes”, orienta a nutricionista.
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