Combinando cenas de campo com áudios de arquivo e conversas com diferentes personagens das ilhas, o roteiro convida a um passeio por Itaparica e Marajó. Três aspectos comuns dessas ilhas serviram como guias nas pesquisas e viagens: ambas possuem importantes comunidades indígenas pré-colonização; são lugares centrais na formação territorial brasileira e possuem organizações contemporâneas/culturais fortes e atuantes no cenário nacional. O podcast conta com o patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, através do Ministério da Cultura, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, Programa Nacional de Apoio à Cultura e Governo Federal - Brasil, União e Reconstrução.
Segundo Paulo Miyada, “Pensar em ilhas foi uma maneira de abordar por outra via o que há de inabarcável na tão mencionada "dimensão continental" do Brasil. Uma ilha é por definição uma metonímia, um recorte definido pela geografia, uma parte pelo todo. Ainda assim, quando nos aproximamos de ilhas como Itaparica ou Marajó, encontramos lugares de infinitas particularidades que, ao mesmo tempo, são exemplares da história e da cultura brasileiras, suas contradições e invenções. Desde as ilhas, olhando em direção ao continente, é o país que aparece cercado de água por todos os lados”, afirma o Diretor Artístico do Instituto Tomie Ohtake.
No primeiro episódio o ouvinte conhece o pesquisador, professor e narrador da série José Eduardo Ferreira Santos e o seu Acervo da Laje, espaço de memória artística, cultural e de pesquisa, que reúne a iconografia e as belezas produzidas no subúrbio ferroviário de Salvador. Partindo dessa ilha que ele próprio construiu na periferia da capital baiana, uma espécie de contraponto ao estigma da violência presente naquele território, Zé propõe uma viagem pela arte, cultura e memória de outras ilhas, colocando em prática a famosa frase do escritor português José Saramago "é preciso sair da ilha para ver a ilha". O episódio se encerra com os sons do ferryboat a caminho de Itaparica, o “embrião do Brasil”.
Para Gabriela Moulin, o podcast, assim como outras formas de publicar, refletir e ampliar a visibilidade do que existe no Brasil, é uma forma de fazer cultural que busca chegar a mais pessoas, por meio de diferentes visões e vozes. "Trabalhar em rede com outras organizações, territórios e comunidades é fundamental para uma instituição cultural. Queremos contribuir para a voz pública das instituições de cultura e para pensar os sentidos e as complexidades do Brasil, as políticas da memória e as forças culturais que nos constituem. Por isso, narrar a partir da voz viajante do Zé Eduardo, co-criador com Vilma Santos do Acervo da Laje, em Salvador, é parte constituinte desse projeto. Queremos fazer junto, pensar junto. Uma casa-museu-escola como o Acervo da Laje nos ensina a entender gestos locais e nacionais de grande importância para a vida nos territórios", afirma a Diretora Executiva do Instituto Tomie Ohtake.
Os dois primeiros episódios serão disponibilizados nas principais plataformas de áudio e no site do Instituto Tomie Ohtake no dia 05 de novembro. Novos episódios entrarão no ar nas terças-feiras seguintes, até 03 de dezembro.
Podcast A parte pelo todo
Lançamento: dia 05 de novembro
Narração: José Eduardo Ferreira Santos
Produção: Trovão Mídia
Idealização: Gabriela Moulin e Paulo Miyada
Coordenação institucional: Amanda Sammour e Ana Roman
Pesquisa, reportagem e roteiro: Jessica Almeida e Vinicius Luiz
Som direto: Victor Brasileiro
Edição de som e mixagem: Pedro Vituri
Trilha sonora original: Pedro Leonelli
Linguagem visual: Felipe Carnevalli, Paula Lobato e Vitor Cesar
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropé, 88) - Pinheiros SP
Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela
Site: institutotomieohtake.org.br
Facebook: facebook.com/inst.tomie.ohtake
Instagram: @institutotomieohtake
Youtube: www.youtube.com/@tomieohtake
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